
02 de Maio de 2025 postado por Renato Campos
A eliminação do Lakers logo na primeira rodada dos playoffs da NBA para o Minnesota Timberwolves expôs de forma clara a maior fraqueza do elenco: a ausência de um pivô confiável. Com Anthony Davis fora da equipe após ser envolvido na troca por Luka Doncic, o garrafão virou uma vulnerabilidade explorada sem piedade, principalmente por Rudy Gobert, que dominou o Jogo 5.
Agora, com a free agency de 2025 se aproximando, o gerente geral Rob Pelinka reconheceu que encontrar um reforço para a posição 5 será prioridade. Mas há um obstáculo: a limitação financeira.
Pouco espaço de manobra no cap
A situação salarial do Lakers deve restringir bastante o que a franquia poderá fazer no mercado. O futuro de LeBron James, que pode optar por sair do contrato atual e assinar um novo acordo, possivelmente mais amigável ao time, será determinante para definir quanto o Lakers terá para gastar.
Outro ponto a ser considerado é a provável permanência de Dorian Finney-Smith, que possui uma player option. Se ele optar por ficar, o espaço para buscar reforços será ainda mais apertado.
Portanto, nomes como Myles Turner, frequentemente sonhado pelos torcedores, estão fora de cogitação. A realidade é que o Lakers terá que ser criativo, e mirar jogadores úteis, acessíveis e com encaixe imediato no sistema com Doncic.
A seguir, quatro opções que fazem sentido dentro desse contexto:
1. Clint Capela: a melhor aposta se o preço for justo
Clint Capela está prestes a se tornar agente livre irrestrito, e com a ascensão de Onyeka Okongwu em Atlanta, sua permanência no Hawks parece improvável.
Capela ainda é um bom finalizador no pick-and-roll e um protetor de aro competente, dois atributos essenciais ao lado de Doncic. O suíço pode não ser mais um titular em alto nível por 35 minutos, mas seria um upgrade imediato sobre Jaxson Hayes. Em 2024-25, ele registrou 8.9 pontos, 8.5 rebotes e 1.0 toco em 21 minutos por jogo.
Se aceitar um contrato via exception de valor médio, pode ser a contratação ideal para equilibrar o elenco sem comprometer o orçamento.
2. Steven Adams: liderança e físico para o garrafão
Adams não é mais o pivô dominante de seus tempos em Oklahoma, mas ainda pode ser extremamente útil em uma rotação. Forte fisicamente e experiente, é exatamente o tipo de jogador que o Lakers não tinha quando enfrentou Gobert.
Além disso, seu estilo combativo se encaixa bem com a exigência de uma presença física no garrafão — especialmente para proteger Doncic e LeBron de enfrentamentos duros sob a tabela. Se estiver saudável e com preço reduzido, é uma adição valiosa.
3. Kevon Looney: um plano B confiável
Com sua importância reduzida no Golden State Warriors, Kevon Looney surge como uma opção de baixo custo para reforçar o banco de reservas. Ele é um dos melhores reboteiros por minuto da liga, e mesmo sendo undersized, joga com inteligência e entrega defensiva.
O encaixe ao lado de Doncic pode não ser ideal se o Lakers buscar um pivô mais explosivo e atlético, mas para dar profundidade e estabilidade ao garrafão, Looney é uma peça testada em playoffs, algo que falta ao atual elenco interno do time.
4. Jaxson Hayes: manter como reserva pode fazer sentido
Hayes foi criticado após os playoffs, mas dentro do cenário atual da NBA, ainda é uma peça útil como backup. Ele tem envergadura, é ativo nos rebotes ofensivos e finaliza bem em situações de lob. Seus 72,2% de aproveitamento nos arremessos mostram sua eficiência perto da cesta.
Seu maior problema foi ter sido forçado ao papel de titular, algo para o qual não está pronto. Se aceitar continuar no Lakers vindo do banco e com um papel mais definido, é uma opção econômica que pode valer a pena manter.
Mais do que talento, o Lakers precisa de equilíbrio
A troca por Doncic deu ao Lakers um novo horizonte ofensivo, mas também revelou fragilidades estruturais. Agora, cabe a Pelinka montar um elenco com mais equilíbrio, físico e consistência defensiva, especialmente no garrafão.
A lista de opções pode não ser luxuosa, mas há nomes que resolvem o problema sem comprometer as finanças. A decisão agora é mais estratégica do que glamourosa: encontrar o pivô certo para complementar uma dupla que ainda acredita poder competir por título.