
25 de Junho de 2025 postado por Paola Zanon
Quarta-feira, 25 de junho, noite do Draft NBA 2025. Ainda não sabemos quem o Los Angeles Lakers vai escolher, mas é bom relembrar a ótima escolha feita na primeira rodada do ano passado: Dalton Knecht.
O ano de estreia de Dalton Knecht
Selecionado na 17ª escolha geral do Draft de 2024, Dalton Knecht teve uma temporada de estreia muito acima do esperado e chegou até a ficar entre os concorrentes ao prêmio de Novato do Ano —algo que, normalmente, se reveza entre as primeiras escolhas.
O calouro já chegou na NBA com 23 anos e trouxe consigo uma boa experiência da NCAA. Não foi à toa que já disputou 16 jogos como titular do Lakers e teve participação em 78 das 82 partidas da temporada regular.
Knecht fechou seu primeiro ano com médias de 9,1 pontos e 2,8 rebotes em pouco mais de 19 minutos por partida. Em muitos momentos, foi ele quem deu gás o suficiente para que o Lakers conseguisse uma vitória que já parecia perdida.
Durante um jogo contra o Utah Jazz, o novato teve seu recorde de carreira ao marcar 37 pontos; Jalen Hood-Schifino, escolha de primeira rodada de 2023, tinha 34 pontos em toda sua carreira na NBA até então.
Não é arriscado dizer que ele poderia ter contribuído até mais que isso. A troca cancelada com o Charlotte Hornets, no entanto, fez com que ele perdesse um pouco de espaço na rotação de JJ Redick —e isso não foi culpa dele.
Se Rob Pelinka optou por desfazer a troca que traria Mark Williams, é porque ele sabia que não valia a pena perder Dalton por um jogador com histórico de lesões, ainda que fosse um pivô.
Lakers não deve desistir de Knecht
Apesar do retorno a Los Angeles, o nome de Knecht ainda está na mesa de negociações e é uma das maiores moedas de troca. Pelinka sabe que terá trabalho para mantê-lo no Lakers —mas esse esforço pode valer a pena, mesmo que seja a longo prazo.
Dalton, sem dúvidas, é um jogador com podencial para se tornar um dos melhores arremessadores de sua geração e até mesmo uma superestrela. E por que isso não pode acontecer sob o treinamento de JJ Redick, que foi um dos melhores arremessadores em seus anos de NBA?
Um grande exemplo é Shai Gilgeous-Alexander, atual MVP e campeão da NBA pelo Oklahoma City Thunder. Mas esse título poderia ser do Los Angeles Clippers, que o draftou na 11ª escolha geral em 2018.
O outro time de Los Angeles sabia que o canadense tinha potencial após os números de sua temporada de estreia: 10,8 pontos e 3,3 assistências em 26 minutos por jogo. Ele, inclusive, foi titular em 73 partidas e disputou todos os 82 jogos regulares naquele ano.
Ainda assim, o Clippers preferiu envolvê-lo em uma troca que acabou não gerando grandes benefícios: Shai por Paul George, na negociação com o Thunder.
George era, sem dúvidas, um jogador bem mais experienge que Gilgeous-Alexander, com aparições em finais de conferência, mas ele já havia mostrado todo o seu potencial àquela altura. Shai estava apenas começando, assim como Knecht.
É claro que o Lakers precisa trazer um pivô de primeira linha, mas dificilmente conseguirá algum defensor que ainda tenha tanto potencial quanto Dalton, mesmo que ele já esteja com quase 24 anos. Na verdade, essa pode até ser uma vantagem: ao mesmo tempo em que já tem certa experiência em quadra, ainda tem também potencial para se desenvolver ainda mais.
Seria muito dolorido trocar Dalton Knecht para um time tecnicamente inferior e vê-lo se tornar campeão antes de nós, como aconteceu com o Clippers e o Thunder.