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    Paola Zanon

    23 de Junho de 2025 postado por Paola Zanon

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    Nenhum fã de basquete quer ver o ídolo de um time de NBA sofrer uma lesão grave durante o Jogo 7 das Finais —o mais importante da temporada e o jogo da vida para alguns jogadores. Mas foi isso o que aconteceu com Tyrese Haliburton durante a partida entre Indiana Pacers e Oklahoma City Thunder, na noite de domingo (22).

    Choro de dor e desespero

    Ainda no primeiro quarto do duelo, Tyrese comandava o ataque do Pacers quando se deparou com Shai Gilgeous-Alexander na marcação e, ao tentar sair dela, pisou para trás e imediatamente caiu no chão, chorando de dor.

    O armador deixou a quadra com auxílio e sem conseguir pisar no chão. Durante o intervalo, a confirmação temida: lesão no calcanhar de Aquiles. Haliburton não só não voltou mais para o jogo, como pode precisar de intervenção cirúrgica.

    "Droga!", reagiu LeBron James, nas redes sociais. "Fiquei com o coração partido, muito triste. O maior jogo da vida, e isso acontece. Não é justo", disse o campeão e MVP Shai Gilgeous-Alexander, após o fim do Jogo 7, vencido pelo Thunder por 103 a 91.

    O time de Indiana controlava bem o jogo com Haliburton em quadra, chegando a liderar o placar diversas vezes ainda no primeiro período. Os outros jogadores conseguiram segurar a barra após a cena triste e até saíram para o intervalo com um ponto de vantagem —mas a volta após a confirmação de uma lesão grave foi cruel. 

    Ainda assim, o Pacers lutou até o fim e encerrou uma pós-temporada espetacular de forma honrosa. Nos corredores para os vestiários, Haliburton aguardava, de muletas, seus companheiros de equipe para consolá-los.

    Lesão de desgaste

    A cena de Haliburton chorando de dor no chão não foi a primeira desta pós-temporada; Jayson Tatum precisou deixar o Madison Square Garden de cadeira de rodas após sofrer a mesma lesão no tendão de Aquiles durante o jogo entre Boston Celtics e New York Knicks, nas semifinais do Leste.

    Na primeira rodada, quem se lesionou assim foi Damian Lillard, do Milwaukee Bucks. Os três times sofreram derrotas na sequência. Além disso, os três jogadores já estavam se queixando de dores na panturrilha antes da lesão no Aquiles, mas uma dor que não os impediria de correr, também não os deixaria no banco no momento mais importante da temporada.

    A lesão no tendão de Aquiles é uma lesão de desgaste, tanto que os três casos aconteceram sem nenhum contato físico com os defensores adversários. E nenhum dos três jogadores tem histórico de lesões tão graves assim. E o mesmo já aconteceu em temporadas anteriores, com jogadores como Kobe Bryant e Kevin Durant.

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    NBA precisa mudar a postura

    A reincidência de uma lesão de desgaste na reta final da temporada reforça um pedido antigo: mudança de postura por parte da NBA. Um calendário com 82 jogos dentro de apenas seis meses, em um esporte de alto impacto, é extremamente desgastante, e na conta ainda se somam longas viagens e jogos em dias seguidos.

    Após a lesão de Tatum, muitos jogadores da liga se manifestaram em favor de diminuir o número de jogos. LeBron também deu a ideia de diminuir o tempo de partida —enquanto os jogos da NBA duram 48 minutos, os da FIBA duram apenas 40. E oito minutos no basquete é bastante coisa.

    Mesmo ciente das lesões de jogadores principais, Adam Silver afirmou que não fará nenhuma mudança em relação ao número ou tempo dos jogos. Mas pelo menos está considerando adiantar o começo da temporada. Isso é algo que pode acabar com os back-to-backs, por exemplo.

    Não é suficiente

    Os jogadores precisam de mais mudanças nas regras; uma das exigências é que as estrelas de cada time estejam em quadra o maior tempo possível. Quando são poupados simplesmente pela frequência de jogos, sem nenhuma lesão ou sem estarem recém-recuperados, a NBA chega até abrir uma investigação para apurar a ausência. Há casos que terminam em multa.

    Além disso, desde a temporada 2023-24, os jogadores precisam ter, no mínimo, 65 jogos disputados para concorrerem aos prêmios individuais, como MVP, Defensor do Ano e All-NBA Teams. E não se trata apenas de uma premiação; a maioria dos contratos garante valores adicionais para quem vence.

    A liga precisa permitir que seus atletas sejam poupados sem necessariamente estarem lesionados, além de acabar com a regra de 65 jogos mínimos para os prêmios individuais.

    Isso resultaria em ausências importantes em alguns jogos, mas seria melhor ter essas poucas ausências do que ter jogadores machucados e longe das quadras durante mais de um mês ou na pós-temporada. E para casos mais graves, durante toda a temporada.

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