
01 de Julho de 2025 postado por Paola Zanon
Na última segunda-feira (30), a NBA anunciou o aumento do teto salarial para a temporada 2025-26, que começa em outubro, além dos novos valores das taxas de luxo, que implicam em multas para as franquias que ultrapassarem esse teto.
O novo teto salarial da NBA
Para a próxima temporada, a NBA aumentou o teto salarial dos times de US$ 141 milhões para US$ 154,6 milhões, com um gasto mínimo de US$ 139 milhões.
Já a luxury tax foi de US$ 170 milhões para US$ 195 milhões, com um estouro máximo de US$ 207,8 milhões —os times que passarem disso, pagarão multas bem mais altas do que os times que ultrapassarem apenas o teto salarial.
The National Basketball Association today announced that the Salary Cap has been set at $154.647 million for the 2025-26 season. pic.twitter.com/cQIg9dDbVe
— NBA Communications (@NBAPR) June 30, 2025
Um respiro para Rob Pelinka
O aumento de US$ 12 milhões no teto salarial da NBA e US$ 15 milhões na taxa de luxo, com certeza, dá um certo alívio para Rob Pelinka fazer contratações necessárias para o Los Angeles Lakers na free agency.
Na próxima temporada, LeBron James e Luka Doncic ocuparão US$ 96 milhões na folha de pagamentos da franquia; sobram, então, US$ 58 milhões para distribuir entre mais de 12 jogadores —não é muito, mas já é melhor do que a situação da temporada passada.
Além disso, o Lakers é conhecido por ser uma franquia "tax repeater", que frequentemente ultrapassa esse teto de gastos. Não é o ideal, mas não falta dinheiro para pagar as multas. Ainda mais após a venda de 85% das ações por US$ 10 bilhões. Logo, pode-se considerar que o nosso time ainda tenha uma margem de US$ 110 milhões para construir seu elenco durante a offseason.
O maior problema, então, é como Pelinka tem administrado essas finanças e o pouco retorno que os movimentos feitos de 2020 para cá trouxeram.
Nova estratégia do Lakers
Pelinka sabe que a maior necessidade do Lakers, hoje, é por um pivô de primeira linha, e talvez não sobre muito para outros role players importantes que nosso time também precisa —sobretudo no banco.
Por isso, o front office adotou uma nova estratégia: sabendo que não é mais possível se comprometer com LeBron James a longo prazo, Pelinka irá priorizar contratos de dois anos, com o objetivo de trazer uma nova estrela, com um contrato máximo, em 2027.
Apesar de ir contra os planos do veterano de 40 anos, isso vai de acordo com o que o Lakers já vem construindo desde a última offseason, quando contratou JJ Redick: a criação de uma nova cultura na franquia.
Redick não foi contratado para trazer um título em seus primeiros anos como técnico, mas sim, para se desenvolver junto com o time, que agora tem Luka Doncic, de apenas 26 anos, como peça central.
Isso significa que todas as decisões, agora, giram em torno do esloveno —e não mais em torno do fim da carreira de LeBron. A parte ruim é que toda escolha exige um sacrifício. E nesse caso, o sacrifício muito possivelmente será abrir mão de um dos maiores jogadores da história da NBA —senão o maior.