
13 de Junho de 2009 postado por Renato Campos
Na quarta partida das finais da NBA, Dwight Howard não conseguiu ser ?clutch?. Faltavam apenas 11 segundos para o fim do jogo, o Magic liderava por três pontos (87 a 84) e ele tinha dois lances livres para bater. Depois de evoluir bastante neste quesito durante os playoffs, o pivô de Orlando precisava acertar apenas um para deixar a situação praticamente irreversível. No entanto, Howard sentiu o peso do momento decisivo. A bola laranja fez as vezes de criptonita, a única coisa capaz de enfraquecer o Super Homem. Howard errou os dois lances livres, dando ao Los Angeles Lakers mais uma chance.
Aí apareceu Derek Fisher. Armador experiente, já conquistou títulos com os Lakers, mas teve uma atuação cheia de altos e baixos nos playoffs. Neste momento, não é uma unanimidade entre os torcedores. Tinha apenas seis pontos no jogo até aquele momento. Mas a 4s6 do fim foi ?clutch?, acertou um chute de três importantíssimo, que levou o jogo para a prorrogação ? isso depois de Orlando ainda desperdiçar uma última chance no tempo normal, com Mikael Pietrus.
No tempo extra, o jogo estava empatado em 91 pontos quando, a 47s do final, Fisher acertou outro arremesso de três decisivo. Foi "clutch". A vantagem de Los Angeles foi para três pontos e, com o erro de Hedo Turkoglu no ataque seguinte do Magic, os Lakers garantiram a vitória e ficaram a uma do 15º título da franquia na NBA. O jogo, claro, teve muito mais do que os lances livres desperdiçados por Howard e as bolas de três de Fisher. Mas os momentos de "clutchismo" de Fisher e de "não-clutchismo" de Howard resumem bem a reta final do jogo na Amway Arena.
Os Lakers agora têm 3 a 1 de vantagem na série e estão muito perto do título. Vale lembrar que faltou pouco para a situação estar invertida. No segundo jogo das finais, houve uma situação parecida com a partida desta quinta-feira ? a prorrogação também poderia ter sido evitada por Orlando se o novato Courtney Lee tivesse acertado o último arremesso, com o cronômetro zerado.
Na hora da decisão, nos momentos mais importantes, nos instantes em que o torcedor (no ginásio ou na frente da TV) está de pé e quase falta fôlego ao narrador, Los Angeles lidou melhor com a pressão. Isso é um dos fatores que faz um time campeão.