
29 de Outubro de 2015 postado por Renato Campos
Após a primeira derrota do Lakers na estréia da temporada, o que mais se ouviu foram discursos contra a decisão por D'Angelo Russell na segunda escolha do último Draft. Alguns insistiram em dizer que Okafor seria a escolha certa, e que o armador do Lakers não passa de um jogadorzi... Vamos parar por aí.
É praticamente uma unanimidade entre os especialistas e também aos que acompanharam Russell na universidade, que o garoto tem uma visão de jogo fora de série e tem tudo para ser um armador de elite da NBA. Até aí, nada certo. Concordo. Por algumas vezes já vimos jogadores de ponta de Draft nada fazerem quando chegam a liga. Mas dizer que Russell não tem potencial tendo visto ao seu jogo de estréia a um punhado de partidas de pré-temporada, é demais.
O jogador realmente ainda não mostrou o seu jogo que todos esperamos. Mas tudo isso é muito natural. Russell é um armador, joga longe da cesta, precisa adaptar seu arremesso da linha de 3 pontos e principalmente entender como jogam seus companheiros. Diferente de homem de garrafão, que executa a maioria das jogadas já próximo a cesta e facilitado por muitas vezes por bons passes dos tais armadores. Não estou dizendo que o trabalho de jogador de garrafão seja fácil, apenas tenho a opinião que sua adaptação é mais rápida do que um armador playmaker.
E é aí que eu queria chegar. D'Angelo Russell é um armador playmaker. Ele cria jogadas. Na estréia contra o Wolves, o técnico Byron Scott insistiu em deixar Jordan Clarkson fazer este papel. Russell praticamente jogou toda a partida como um armador arremessador.
Mas isso vai mudar. E quem informou a imprensa, foi Kobe Bryant.
Kobe disse que D'Angelo Russell vai voltar para a posição 1 no jogo de sexta. @MarkG_Medina
E isso é tudo que Russell quer. É o que ele sabe fazer de melhor. Enquanto Kobe e Clarkson comandavam as jogadas durante a estréia do time, Russell parecia se esconder sem saber muito o que fazer em quadra.
Clarkson fez uma grande partida, como tem sido de costume. Mas armando as jogadas, só conseguiu distribuir três assistências. Número menor do que o pivô Roy Hibbert, que distribuiu quatro bolas para seus companheiros pontuarem. E é isso que D'Angelo Russell quer e pode mudar.
Por enquanto, pare de se preocupar demais, relaxe, e dê uma chance para o novo Lakers. D'Angelo Russell ainda vai te surpreender.