Acabou. Depois de longas duas décadas, a carreira de Kobe Bryant chega ao fim. Quase três anos depois, temos uma boa chance de escolher seu sucessor: Ben Simmons. Supondo que Simmons tenha a sorte de ser um Laker, em qual posição ele melhor se encaixaria?
Com D’Angelo Russell mostrando a cada dia que joga melhor como um SG, a posição 1 mais uma vez fica vazia. Entretanto, com uma hipotética primeira escolha, o Lakers pode sanar esse problema. Ben pode perfeitamente jogar como um PG na NBA atual. Além disso, com o fator Antetokounmpo na moda, arriscar o “novo” LeBron na armação não é uma má ideia. Giannis, como SF, nos seus primeiros 52 jogos na temporada, teve médias de aproximadamente 16 pontos, 7 rebotes e 3 assistências. Nos últimos 28 jogos, jogando como um organizador, suas médias são de quase 19 pontos, 7 assistências e 9 rebotes. É fato que em menos jogos a tarefa de manter boas médias é mais fácil, mas não dá pra negar que o Greek Freak terminou a temporada de forma sensacional.
Voltando à realidade angelina, Ben Simmons poderia carregar a bola, criar jogadas e facilitar a vida do resto do time, mesmo não sendo um PG na origem do jogo. É o famoso “positionless basketball”: jogadores de diferentes posições exercem diversas funções em quadra. Sim, o todo poderoso Golden State Warriors usa e abusa disso. Green arma, Curry é o encarregado de pontuar, Barnes ou Iguodala jogam como PF. É um leque de opções e jogadas que fazem esse time imparável. Com Ben, Russ e Randle, poderíamos ao menos testar o nosso modesto Small Ball. Ter um jogador da importância do Simmons é mais que ter o nosso futuro ala na década. É abrir uma variedade de alternativas e válvulas de escape importantíssimas para os dias atuais. Ben Simmons oferece mais que apenas o seu jogo. Vai muito além.
Entretanto, se tem uma coisa que o Small Ball do atual campeão da NBA tem e o fictício do Lakers não, é defesa. Klay Thompson, Andre Iguodala, Harrison Barnes e Draymond Green são excelentes e versáteis defensores. D’Angelo Russell e Julius Randle tem sérios problemas no quesito. Uma vez que a defesa é crucial para o esquema, ambos os calouros terão de trabalhar demasiadamente nesse sentido. A adição de um coordenador defensivo de peso ou um treinador que domine a área é essencial. Além disso, Randle e Simmons deveriam ao menos treinar bolas de longa distância. Espaçar a quadra é de suma importância, e, pelo menos hoje, os dois não o fazem.
Em vista dos argumentos apresentados, o craque de LSU pode perfeitamente se encaixar como um armador na NBA. Apesar de muitos fãs discutirem entre as posições de ala e ala pivô, talvez sua verdadeira posição seja não ter posições fixas. Sim, a ansiedade com a loteria, que é mês que vem, e o Draft, que será dia 23 de Junho, é enorme. Que a sorte esteja conosco.