
21 de Dezembro de 2016 postado por Renato Campos
Chegou a hora do Lakers fazer uma troca?
A questão é delicada, e não está sendo incentivada por um resultado negativo. Mas será que o processo em que a diretoria do Lakers acredita, pode não estar dando muito certo?
Tudo agora é questão de suposição, mas talvez esteja na hora de arriscar um pouco. Talvez um plano b bem pensado seja a saída mais rápida para o Lakers retornar ao topo da NBA.
Vamos a seguinte questão. Papeando com os nossos colaboradores Thiago Agovino e Ricardo Romanelli, fiz a seguinte pergunta: Se Shaq não tivesse vindo para o Lakers, quantos anos teriamos que esperar para que o calouro Kobe Bryant, ao lado de jogadores como Eddie Jones e George Lynch, levaria para ser campeão? Talvez nunca.
Baseado nesse cenário, vamos avaliar o que temos em casa hoje.
Russell tem todo talento para ser um grande jogador, mas será que tem potencial realmente para ser um franchise player? Não seria mais fácil, analisarmos o jogador como uma excelente peça na armação de um time com alguns medalhões para exercerem o papel principal?
Dentre as chamadas promessas, ainda que não esteja adaptado a NBA, Brandon Ingram mostra sinais de ter o maior potencial. Frio, cerebral com ótima visão de jogo, talvez seja quem realmente o Lakers deva apostar suas fichas para montar um time campeão. Sabe jogar muito bem fora do garrafão, e com um pouco mais de massa corporal, vai saber se virar dentro dele. O técnico Luke Walton já observou que Ingram não é aquele tipo de jogador que precisa estar trombando com pivôs embaixo da cesta, e sim arquitetando jogadas para uma boa movimentação de seus companheiros.
E o que pensar, e fazer, com Randle e Clarkson.
Clarkson foi uma baita descoberta do GM Mitch Kupchak que acabou comprando seus direitos no Draft de 2014. Hoje o jogador é um dos principais nomes da segunda unidade do técnico Luke Walton e tem sido uma das principais armas ofensivas do time. Mas será que ainda existe mais gasolina no tanque de Clarkson? Com 24 anos, Clarkson já não pode ser visto como um menino. Basta fazer uma rápida comparação, sem ir muito a fundo, com Kyrie Irving que já chegou aos seus 25 anos. Apesar de parecer estar próximo do seu potencial máximo, Clarkson é aquele tipo de jogador que qualquer time precisa e que facilmente pode se ajustar a um esquema de jogo. Sendo assim, será que Clarkson não é boa moeda de troca? Não seria o momento de testar o mercado do jogador e atrair interesse de algum time que queira negociar um veterano que ainda tenha condições de fazer parte de um time campeão?
Continuando o raciocínio, falta falarmos de Julius Randle. Em sua terceira temporada, Randle caminha por uma linha tênue entre ser um bom jogador ou um cara atrapalhado e limitado. É claro que nosso ala-pivô tem potencial, mas o que precisamos no momento é de um jogador que trabalhe bem no garrafão ao lado do pivô do time, e não que jogue fora dele tentando fazer o que não tem capacidade. A insistente tentativa de que Randle possa fazer o papel de Draymond Green já mostrou ser furada. Randle simplesmente não tem QI suficiente para exercer o trabalho. Assim como Clarkson, Randle também é uma boa moeda de troca e pode resultar em bons negócios para o Lakers.
Para ainda sustentar melhor a ideia de uma troca por Randle, surge o nome de Larry Nance Jr. que pode ser seu substituto a altura. O jogador tem tido em média oito minutos a menos que Randle em quadra, mas quando é acionado, movimenta muito bem a bola e trabalha melhor defensivamente. Se formos comparar seus números em uma base de 36 minutos jogados, Nance tem médias de 10.3 pontos e 9 rebotes contra 14.8 pontos e 12 rebotes do Randle. Baseado na teoria de Randle tem menos QI, Nance tem quase 10 por cento a mais de aproveitamento do que seu colega.
Concluindo, com a atual campanha, o problema em atrair agentes livres no próximo ano vai voltar a acontecer. Talvez o processo que realmente o Lakers precisa aderir já, é o do desapego. Russell e Ingram parecem ser os nomes certos para hoje o Lakers manter em uma futura boa dinastia.
O Lakers precisa pensar grande, e para isso, talvez precise de um sacrifício agora para que seja recompensado no futuro.