Empossado como novo presidente de operações de basquete, Earvin “Magic” Johnson falou sobre o que pretende como “o cara” das decisões de basquete no Lakers. Apesar de um sentimento de alegria e esperança ter tomado conta de todos os envolvidos com o Lakers, muito trabalho existe pela frente para levar a franquia de volta ao lugar que merece, que é disputando os Playoff’s e títulos.
“Eu não estaria aqui se fosse uma boa situação”, disse Johnson, em conversa com repórteres no centro de treinamento do Lakers. “Sei o que vou enfrentar, mas estou aqui, para o que der e vier, e uma hora vamos mudar isso”, prometeu Magic, sobre uma reviravolta na situação ruim do time.
E o líder do “Showtime” sabe que, ao aceitar este desafio, está colocando em risco sua história de sucesso na franquia. “Estou colocando tudo em jogo”, disse Magic. “Mas sabia disso quando conseguimos o Dodgers. Sabia disso quando comprei o Sparks, e ganhamos o título”, disse Johnson, sobre aceitar riscos. “Uma coisa sobre mim é que eu assumo riscos. Se eu não pensasse que pudesse mudar isso, acha que eu estaria nesta posição? Acho que podemos fazer isso. Pode levar alguns anos para fazer, mas estou aqui”.
Assim que Mitch Kupchak e Jim Buss tomaram o caminho da saída, Johnson já se reuniu com Ryan West, Joey e Jesse Buss e o treinador Luke Walton para avaliar o que o mercado da NBA oferece para o Lakers até a data limite para trocas (23 de fevereiro).
A contratação de Rob Pelinka foi acertada para que ele figure como o novo gerente geral do time no lugar de Kupchak. Pelinka vai cuidar da parte de trocas, negociação de contratos, Draft, mas, Johnson quer ser envolvido em todas as tratativas. “Qualquer coisa que tenha a ver com trocas, o Draft, vai passar por mim”.
Earvin disse que tem um perfil de exercer controle e pretende fazer a mesma coisa em sua nova posição, ou seja, nada será feito sem alinhamento prévio. “Sou fissurado em ter controle. Você não chega aonde estou sem ser assim. Vou me certificar de traçar uma estratégia, definindo o tom de que esta organização será sobre excelência, dentro e fora de quadra. É assim que vamos ser. E todos terão uma posição definida, é claro, sou um armador, gosto de trabalhar com todos”, disse Magic.
E Kobe? Apesar de Johnson gostar de todos com posições definidas, quando se trata de Bryant, que tipo de cargo ou função ele poderia ter na franquia? “O que ele desejar fazer”, disse Johnson. “Não há uma função específica”.
E se alguns pensam que recorrer à Magic Johnson é uma tentativa de resgatar o passado, o discurso de Earvin mostra o contrário. “O que vou procurar fazer aqui é olhar para frente. Não posso pensar no passado. Isso já faz parte de mim. Sei no que eu estava me envolvendo. Quero nos levar para frente e fazer o melhor trabalho possível, mas também, quero envolver pessoas. Costumo trabalhar com boas pessoas, com talento, e todos teremos bons argumentos”, disse Johnson, nesta última parte, falando sobre os possíveis futuros encontros para atrair jogadores. “Não se preocupem com meu poder de persuasão. Será algo bom. Mas quero dizer uma coisa, vai levar um tempo (a reconstrução), mas estou pronto para o desafio, e o vejo com bons olhos”.
Será que agora vai torcida do Lakers?
Fonte Entrevistas: Baxter Holmes/ESPN