Começa mais uma temporada, e pelo jeito, o Lakers não terá um ano brilhante. Aliás, longe disso: são mínimas as chances de sequer conseguirmos uma vaga aos Playoffs. Antes de pensar em ficar entre os oito primeiros, para não passar vergonha, o elenco deve primeiro focar em três alvos cruciais para uma temporada tranquila. São eles:
Defender melhor
Talvez a área de mais preocupação dos torcedores, a defesa fedeu na temporada passada. É complicado achar uma mísera estatística positiva da equipe no aspecto defensivo. O Lakers registrou um horrendo Defensive Rating, 110.6, o suficiente para ser o pior da Liga. E não foi só isso: fomos o quinto time que menos pegou rebotes defensivos; o terceiro com menos tocos; o que mais sofreu pontos em contra-ataques; o terceiro que mais cedeu no garrafão e o quarto que mais tomou em jogadas advindas de desperdícios de bola. Tudo isso resultou na terceira defesa que mais cedeu pontos no geral, incríveis 111.5 pontos por partida. Um desastre total. Aperfeiçoar (até porque regredir é difícil) nem que minimamente esses números é crucial para a melhora de nosso recorde. O Lakers precisa defender. Pra ontem.
Atacar melhor
Luke Walton veio com moral depois de ser assistente de um dos ataques mais dinâmicos de todos os tempos. A esperança, todavia, não se converteu em realidade, e o ataque angelino não chegou nem perto do sucesso da equipe de San Francisco. E o que acontece quando um time defende e ataca mal? Isso mesmo, perde. E o Lakers perdeu bastante. Por sorte, a tábua ofensiva não sofre tanto quanto a defensiva, mas mesmo assim, há áreas a serem melhoradas. O Lakers é meia-boca em quase todos os aspectos, um avanço à mediocridade defensiva. Com uma sólida produção de 104.6, o elenco angariou o 17° melhor ataque nesta estatística. Além disso, a equipe registrou o sétimo melhor número de rebotes ofensivos e o sexto maior Pace da competição.
Mas nem tudo são flores. O Ofensive Rating de apenas 103.4 evidencia que ainda falta muito para aprimorar. O Lakers foi, essencialmente, uma equipe que não pontuava bem. Nas estatísticas TS%, eFG%, FG%, 3P%, FT%, em absolutamente todas a franquia ficou entre as dez piroes. Escolher melhor os arremessos (e fazê-los) é essencial para uma boa temporada.
Ser uma equipe coletiva
Por fim, passar a bola talvez seja a maior promessa de melhora para o próximo ano. Com a chegada de Lonzo Ball, a equipe deve subir substancialmente seu número de assistências, resultando em melhores jogadas de ataque, e com isso, mudando o panorama existente. Na temporada passada, com chamadas ruins e jogadores extremamente individualistas, a franquia esqueceu de movimentar a redonda e registrou o quinto pior AST% e o quarto pior AST Ratio do campeonato. Para mais, os comandados de Luke Walton atestaram o terceiro pior AST/TO Ratio, provando que além de passar pouco a bola, ainda erravam bastante, e foram o oitavo time que mais converteu bolas de dois pontos, o terceiro com mais bombas do perímetro, e o quinto no geral com acertos não provenientes de assistências. Tarefa difícil para Lonzo Ball.