Campanha: 1-2
Consistência é o nome do jogo. Na NBA, os times que são consistentes na partida, vencem; os que são consistentes na temporada regular, se classificam; os que são consistentes nos "playoffs" chegam até as finais. Talvez esse seja agora o maior desafio e objetivo do Los Angeles Lakers: consistência. Como o time se saiu perseguindo essa meta? Acompanhe agora!
Lakers 100 X 93 Suns
O primeiro jogo da semana foi também o último de uma longa série fora de casa onde o Lakers até então vinha acumulando três derrotas em três jogos. O objetivo então era claro: repetir o que aconteceu na segunda partida da temporada (quando o Lakers venceu o Suns) e tentar voltar para o Staples com pelo menos um resquício de dignidade.
O primeiro erro a ser corrigido em relação aos jogos da semana que antecedeu, seria os desperdícios de bola. Nos três jogos fora de casa o Lakers teve média de 19 desperdícios de bola por jogo, enquanto que nos jogos anteriores a média era de 14. No primeiro quarto, contudo, esse erro persistiu, e pior, se juntou com outro: o baixo aproveitamento nos arremessos de quadra. Nos primeiros 3 minutos do jogo o Lakers errou todos os seus arremessos (0/5) e ainda cometeu 2 desperdícios de bola, permitindo que o Suns abrisse 9 pontos de vantagem. Mas essa vantagem foi a maior que o time do Arizona teve, já que, a partir desse momento, o time Angelino (muito) lentamente passou a se encontrar em quadra.
O jogo passou a ter altos e baixos: o Lakers começou mal o primeiro quarto, mas terminou o período um ponto na frente (21-20); Nos dois primeiros tempos demos tantas assistências quanto desperdiçamos a bola (10 assistências e 10 desperdícios); nossas bolas de 3 subiram de aproveitamento – começando com 28,6% no primeiro quarto e indo para 57,1% no último período – assim como nossos arremessos de quadra em geral, foram 17 acertos em 50 tentativas no primeiro tempo (34%), enquanto no segundo tivemos um aproveitamento de 52,4% (22/42).
Entre as quedas e subidas dos três primeiros quartos a liderança trocou de time 14 vezes, sete para cada time, enquanto a partida ficou empatada 4 vezes. O jogo foi decidido só no último quarto, quando a improvável rotação de Clarkson, Brewer, Ingram, Kuzma e Lopez jogou um bom basquete, apresentando, inclusive, um herói improvável: Brewer, que contribuiu com 13 pontos, e um herói que já estamos mais acostumados: Clarkson, com 25 pontos em 26 minutos e 57,9% de aproveitamento dos arremessos de quadra. Com uma defesa mais eficiente, e cuidando mais da bola, o último período foi o melhor do jogo e permitiu a vitória para o Roxo e Dourado.
Pontos Positivos:
Nosso time encontrou um excelente ritmo de bolas de três no segundo tempo, mantendo um aproveitamento de 50%. Alguns jogadores que vieram do banco foram essenciais para a vitória, por um exemplo, Brewer, Bogut e Clarkson, sendo que os dois primeiros foram as gratas surpresas do jogo, e o último, o mais importante para a partida. Dos titulares, KCP e Lopez foram os mais consistentes.
Pontos Negativos:
Ingram teve uma partida horrível, e foi minado pelas próprias faltas, jogando de maneira aceitável apenas no último quarto. Kuzma fez o pior jogo desde que entrou na liga em termos de aproveitamento (apenas 33,3%), enquanto Lonzo teve lugar privilegiado na beira da quadra no último quarto, assistindo seus companheiros serem efetivos e levarem o time a vitória. Aliás, nosso armador titular foi o pior +/- do time (-11), demonstrando que ele ficou longe de ser aquele Lonzo que, apesar de não pontuar, envolve o time de maneira positiva. Outros três pontos negativos: desperdícios de bola – o único quarto em que desperdiçamos menos do que demos assistência foi o último (curiosamente o que garantiu a vitória); os lances livres, onde tivemos mais uma vez o horrível aproveitamento de 61,5% (só não pior do que o do Suns, que foi de 60%); e os rebotes. Nossa eficiência em rebotes foi muito ruim, e foi praticamente através deles que o Lakers deu várias chances para o Suns ganhar a partida.
Lakers 109 X 115 76ers
De volta em casa o Lakers enfrentou o 76ers na “batalha dos novatos”. Os dois times estão recheados de jogadores que acabaram de iniciar suas carreiras na NBA, contundo, o time de Philadelphia se saiu melhor, já que suas estrelas Embiid e Ben Simmons fizeram um jogo incrível.
Sem suspenses, gostaria de começar dizendo o que todo mundo já sabe sobre essa partida: Lonzo jogou mal, e Luke não encontrou saída para marcar o Embiid. Esses são os pontos óbvios. Mas a partida foi muito mais do que isso.
Apesar do 76ers estar jogando um basquete aparentemente melhor do que o do Lakers, a partida deixou claro o potencial da nossa equipe. O time de Philadelphia conseguia até abrir no placar, mas não conseguia se distanciar. É bem verdade que por diversas vezes eles abriram vantagem (no máximo 13), mas mesmo quando eles tinham o momento do jogo, o Lakers revidava. E isso foi incrível, porque fez com que o jogo se tornasse muito emocionante.
Nessa partida mais uma vez o Lakers subiu na montanha russa das estatísticas: se por um lado lideramos em rebotes (57x52 sendo que pegamos 22 ofensivos enquanto o time adversário apenas 8); diminuímos muito os nossos desperdícios de bola (9X16); e aumentamos nosso aproveitamento no lance livre (81,5%), todos pontos que foram críticos no primeiro jogo da semana; por um outro lado voltamos a gostar de machucar o aro: foram 38,5% dos arremessos de quadra, sendo apenas 11,1% dos três pontos (3/27), números que tínhamos melhorado no primeiro jogo. Se Ingram e Kuzma não foram tão bem antes, nesse eles brilharam. Se Brewer e Lopez tinham feito boa partida contra o Suns, nessa, as falhas voltaram a aparecer.
Algumas situações permaneceram as mesmas é verdade: Clarkson veio bem do banco; Lonzo não entrou no jogo; e Bogut foi aceitável (dado que ele marcou o Embiid boa parte do jogo e ficou em quadra mais minutos do que o Lopez). No meio desse enjoativo sobe e desce o Lakers dependeu de Ingram e Kuzma, enquanto o Sixers contou com Embiid e Simmons. Vantagem para a dupla visitante que conseguiu segurar os intensos contragolpes que o time do Lakers desferia a cada 5 minutos de partida, sempre retomando o controle.
Pontos Positivos:
A agressividade de Ingram nessa partida foi incrível. Ele soube se movimentar, e não tentou nenhum arremesso de três pontos, sempre tentando se aproximar da cesta, onde ele vem sendo mais eficiente nessa temporada. Kuzma também mostrou que não se esconde do jogo. Uma estatística interessante: apesar da partida de Embiid, o Lakers ainda foi mais efetivo do que o time adversário em pontos na área pintada (66X56). Luke Walton, de novo, eu gostaria que você lesse: nós arremessamos 58,7% quando na área restrita (27/46), e 50% nos arremessos de meia distância em geral. Eu sei, você também tem essas estatísticas, então porque o Lopez arremessou 5 vezes da linha dos três?
Pontos Negativos:
Como já disse, Lonzo foi mal, e, mais uma vez, assistiu o último quarto de camarote sentando no banco de reservas. Assim como tinha acontecido no jogo contra o Boston, nesse, o nosso técnico também levou um nó, e não encontrou alternativas para parar Embiid (méritos do jogador também, que fez uma partida quase que impecável). De novo, a inconsistência nos machucou: O que tínhamos ido bem na última partida, fomos mal nessa, assim como também o contrário. A diferença é que o adversário era mais forte. A inconsistência dentro dos quartos também fez com que o Lakers tivesse que despender imensa força toda vez que queria voltar para o jogo. No final da partida, o gás acabou.
Lakers 113 X 122 Suns
Sim, o terceiro jogo entre Lakers e Suns em 5 semanas de jogos para o time de Los Angeles (na primeira semana o Lakers não jogou). Vocês já devem estar cansados de ouvir sobre esse confronto não é mesmo? “De novo esse time, tudo igual!” Tenho certeza que foi exatamente assim que o time do Lakers pensou também, porque parece que o time visitante fez o dever de casa e estudou o time de Los Angeles, enquanto o time da casa se acomodou.
Eu gostaria de continuar com nossa dinâmica de altos e baixos. Nesse jogo, o Lakers fez um primeiro e um terceiro quartos aceitáveis; um segundo quarto ruim; e um último período disputado, até certo ponto.
É verdade que do segundo quarto em diante o Lakers não tomou mais a liderança, mas também é verdade que o time continuou tentando achar respostas, e o calouro Kuzma parecia estar com todas elas. Nosso camisa 0 fez trinta pontos e pegou dez rebotes, arremessando 47,8% (apesar de um aproveitamento fraco das bolas de 3 – 28,6%).
De novo, nós pegamos o que fizemos de ruim no jogo passado, e melhoramos (não foi AQUELA melhora também), e o que fizemos de bom, erramos novamente: Voltamos a desperdiçar a bola muitas vezes (19); Os lances livres também não acertaram o alvo (16/24 – 66,7%); e até nossos pontos dos jogadores do banco, que tem sido um ponto alto nessa temporada, diminuíram, foram apenas 28 contra 53 do banco adversário (sim, o Kuzma é titular agora, mas mesmo assim, o banco vinha produzindo bem, mesmo com ele fora da segunda unidade). E de ruim, o que melhorou? Bom, apenas os arremessos de quadra - 49,5% (45/91). Eu nem vou falar que melhoramos nos arremessos de 3, porque pular de 11,1% do último jogo para 28% nesse, não é melhora, é só um pouco (bem pouco) de vergonha na cara.
Você deve estar se perguntando também, “mas e nossa defesa? Tomamos 122 pontos de um time fraco”. Olha, quando o Lakers encontra com o Suns, o ritmo de pelada toma conta da partida. Por esse motivo, a pontuação é alta mesmo. Isso não significa que o Lakers não defendeu bem. Eu só disse isso para te colocar um senso crítico, porque de fato, não foi a melhor partida defensiva do nosso time.
Pontos Positivos:
Kyle Kuzma foi o grande ponto positivo da noite. Também é interessante ver que, apesar de ter perdido, e arremessado mal dos 3 pontos, o Lakers teve um bom aproveitamento de quadra, o que demonstra, MAIS UMA VEZ, que o Lakers é um bom time próximo da cesta. E isso não é vergonha, basta a equipe técnica admitir isso e começar a lidar com essa realidade, porque não?
Pontos Negativos:
Novamente os desperdícios de bola, e também, o baixíssimo aproveitamento dos lances livres. Além disso, tivemos um baixo rendimento da segunda unidade, muito por conta do baixo desempenho de Jordan Clarkson (apenas 4 pontos). Ao final dessa semana, o Lakers continua em quarto em eficiência defensiva, contudo, se firmou mais ainda como um dos piores times na estatística de desperdícios de bola, por assistência, sendo o vigésimo sexto time da liga com 1,29 (ou seja, a cada 1,29 assistências o Lakers desperdiça uma bola). Outro ponto que foi baixo praticamente durante toda a semana foi o Lance Livre. Agora o Lakers é o penúltimo time da liga nesse quesito, com um aproveitamento de apenas 70.8% da linha.
Será que na semana que segue o Lakers vai sair dessa montanha russa e encontrar alguma consistência, ou será que a inexperiência de alguns dos nossos jogadores continuará falando mais alto? Queremos saber o que vocês pensam!