Desde que o Lakers adquiriu Anthony Davis, em junho, um dos grandes debates em torno do jogador tem sido sobre qual a melhor maneira de utilizá-lo. O atleta prefere jogar na posição 4, de ala-pivô, com mais oportunidades de criar a partir do perímetro e de ter a bola nas mãos. Já muitos analistas e treinadores preferem que ele jogue como pivô, ancorando a defesa e abrindo espaço para outro ala na escalação, deixando o time mais leve, dinâmico e imprevisível.
Já na coletiva de introudção, Davis foi claro: prefere jogar como ala-pivô, mas em último caso pode atuar como pivô. Para tentar agradar o atleta, que é agente livre no final da temporada, o Lakers entendeu bem o recado e foi buscar atletas de garrafão no mercado. Com a renovação de JaVale McGee e a chegada de DeMarcus Cousins, tudo parecia resolvido. Algumas semanas atrás, entretanto, Cousins rompeu o ligamento do joelho e provavelmente está fora da temporada, o que obrigou o Lakers a contratar Dwight Howard para suprir a recém-criada carência no elenco.
Com isso, Davis sabe que a pressão para que ele atue como pivô será maior do que nunca, e ele parece conformado com isso. Pelo menos para uma parte específica da temporada, ele está disposto a atuar como pivô: nos playoffs. A informação é de Shams Charania (The Athletic):
"Para Davis, o desejo de jogar ao lado de um pivô de ofício é real. Davis se sente confortável jogando minutos como pivô nos playoffs, segundo uma fonte disse ao The Athletic, mas prefere um pivô de ofício junto com ele em quadra durante a temporada regular." - Shams Charania.
Por enquanto, o Lakers parece comprometido em atender os desejos de seu astro, mas é necessário observar como a temporada vai se desenrolar. Caso as formações contendo McGee e Howard não sejam efetivas, o técnico Frank Vogel vai precisar convencer AD que é melhor para o time que ele atue como pivô, sem forçar a barra ao ponto de fazer o atleta repensar seu compromisso com o Lakers. É um equilíbrio delicado e uma difícil missão para o novo treinador do Lakers. O melhor a fazer é torcer para que as formações com pivôs rendam o esperado e evitar este problema.