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    Antonio Collar

    10 de Abril de 2024 postado por Antonio Collar

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    A volta dos Lakers para Los Angeles não foi como o torcedor esperava. Depois de uma sequência de seis partidas como visitante, onde conquistou cinco vitórias, a equipe treinada por Darvin Ham retornou para casa no último final de semana e perdeu dois dos três compromissos que disputou.

    O tropeço mais recente ocorreu na noite de terça-feira (9), logo contra o Golden State Warriors, um adversário direto dentro da zona dos quatro que estarão no Play-in. Se até poucos dias as conversas giravam em torno de uma classificação direta para os Playoffs, a missão agora é tentar vencer os dois jogos que restam para impedir que o time de Stephen Curry tome a nona posição.

    Alguns descontos precisam ser feitos, é verdade. Contra o Minnesota Timberwolves, no domingo, LeBron James estava doente e assistiu a tudo do banco de reservas. O que já seria um desafio difícil contra um dos líderes da Conferência Oeste tornou-se ainda mais complicado quando Anthony Davis levou uma pancada no olho e precisou deixar a quadra com apenas 12 minutos disputados.

    Diante dos Warriors, Davis foi novamente desfalque, e LeBron não estava em suas melhores condições - mesmo assim, o Rei comandou o ataque com 33 pontos e 11 assistências, insuficiente para impedir a terceira derrota para a franquia de San Francisco na temporada.

    Bom desempenho de D’Angelo Russell é crucial para o Lakers

    Para falar dos insucessos recentes, deixemos um pouco de lado os problemas defensivos. As fragilidades dos Lakers sem a bola estão escancaradas desde o início da temporada, como já escrevemos aqui, e ficam ainda mais claras nas noites em que Anthony Davis não atua. Ainda sem Jarred Vanderbilt, o time tem se apresentado sem seus dois melhores defensores.

    Falemos, portanto, de D’Angelo Russell. O armador de 28 anos talvez tenha sido o principal responsável pela virada de chave ofensiva da equipe nos últimos meses. Em fevereiro, ele teve médias de 20.2 pontos e 41.8% de aproveitamento nos arremessos da linha dos 3 pontos, um dos mais altos da liga. Em março, manteve o mesmo nível, com 19.7 pontos e uma taxa de acerto do perímetro em 42.5%.

    Neste período, os Lakers estiveram sempre entre os seis melhores ataques da NBA. Em 26 duelos, foram 18 vitórias e apenas oito derrotas, o que fez com que o time voltasse a sonhar com a vaga na pós-temporada após um mês de janeiro bem abaixo do esperado, perdendo oito de 15 jogos - nesta época, teve somente o 18º Offensive Rating.

    Não existem dúvidas: no ataque, apenas LeBron e Davis são mais importantes do que D’Lo. E este pode ser o problema para os angelinos nos próximos dias. Além dos desfalques, outro ponto em comum nos tropeços recentes foi a inconstância de D’Angelo Russell.

    Para não ficar somente nas partidas contra Wolves e Warriors, vejamos também o resultado negativo contra o Indiana Pacers, o único da já mencionada sequência de seis compromissos fora da Crypto.com Arena.

    Naquela ocasião, Russell esteve em quadra por 35 minutos e contribuiu com apenas seis pontos. Errou todos os seis arremessos que tentou de fora do garrafão e acertou apenas três das 14 tentativas de quadra (21.4%).

    São números bastante semelhantes aos das suas duas últimas apresentações. Contra Minnesota, D'Lo terminou com 15 pontos, mas para isso precisou arremessar 19 vezes - acertou cinco. Do perímetro, conectou somente uma das sete bolas (14.3%) que arriscou.

    Diante de Golden State, nova atuação apática. Acabou a noite com 14 pontos e arremessou apenas 11 vezes, mesmo sem a presença de Anthony Davis para dividir o volume no ataque. Assim como nas partidas contra Pacers e Wolves, ficou abaixo dos 30% nos arremessos do perímetro, acertando duas das sete (28.6% tentativas.

    Em todos estes jogos, é importante que se destaque o papel de D’Angelo Russell como um dos responsáveis por organizar o jogo na meia quadra ofensiva. Ele cometeu poucos turnovers (0, 1 e 0) e distribuiu um número alto de assistências (5, 11 e 7). Ainda assim, o que se viu foi um ataque letárgico, previsível e incapaz de sobrepor as dificuldades defensivas que atormentam a comissão técnica de Ham desde outubro.

    Algumas coisas já ficaram bastante claras para os Lakers nesta temporada, entre elas o papel que D’Lo precisa desempenhar caso este time queira ter sucesso. Com ou sem LeBron James e Anthony Davis em quadra, o armador precisa ser agressivo e constante para que as coisas funcionem.

    A apenas dois jogos para o fim da temporada regular, é bom que isso esteja claro para ele próprio. Na próxima semana, uma nova apresentação deste nível pode significar o fim da linha.


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