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    As semifinais de conferência da NBA estão a todo vapor, e estão mostrando em tempo real mais uma renovação dos astros da maior liga de basquete do mundo. Não temos LeBron James em quadra. Nem Anthony Davis, ou Stephen Curry, ou Kevin Durant, ou Joel Embiid, ou Giannis Antetokounmpo.

    Na realidade, se por acaso o Denver não for o campeão desse ano (e Minnesota está fazendo sua parte para os Nuggets sequer chegarem às Finais de Conferência), veremos o sexto campeão diferente da NBA em seis temporadas. Isso não acontece desde os anos 1970.

    A Era Showtime do Lakers

    Podemos até dizer que as temporadas estão mais dinâmicas, a ponto de ter ficado mais difícil fazer uma aposta nas finais. Pensando em dinastias, os cinco títulos do Showtime Lakers, com Magic Johnson e Kareem Abdul-Jabbar foram os primeiros a mostrar o potencial mercadológico que uma competição esportiva pode ter.

    Mas não foram só os títulos que chamaram atenção na época né? Jerry Buss, dono da franquia na época, investiu no entretenimento: contratou dançarinas (lembra da Paula Abdul?), trouxe música ao vivo, e proximidade com Hollywood colaborou para que a lista de celebridades que aparecia nos concorridos assentos à beira da quadra só aumentasse: Jack Nicholson, Andy Garcia, Leonardo diCaprio, Flea and Anthony Kiedis… Josh Rosenfeld, jornalista norte-americano, relata que “Sempre que a CBS fazia um jogo no Forum, eles pediam uma lista das celebridades e onde elas estavam sentadas. Nosso acordo com eles era que a gente até fornecia a informação, mas eles não podiam incomodar os astros, tinham que fazer as imagens de longe. Essa era uma ordem direta do Dr. Buss, esses famosos eram clientes, que pagavam pelos próprios ingressos e não estavam à disposição da imprensa”.

    O entretenimento se refletia também em audiência: as finais de 1988 e 1989 tiveram média superior a 21 milhões de espectadores por jogo - média essa que nenhuma série de Finals teve no século XXI.

    O surgimento de Michael Jordan e as estrelas dos anos 90

    Passada a era do Showtime Lakers, veio um tal de Michael Jordan, já ouviu falar? Na década de 90, como todo mundo sabe, o Chicago Bulls venceu seis títulos com uma forcinha de um cara que mudou o mundo do basquete.

    Estava estabelecido o patamar para os grandes astros do futuro. Claro que, tecnicamente, Jordan é virtualmente inalcançável, mas a maneira como ele conseguiu angariar fãs, publicidade, mídia, e claro, participações em Finais, deu o tom do que um jogador poderia almejar.

    Vieram Tim Duncan, Shaq, Kobe, Pau Gasol, Allen Iverson, Dirk Nowitzki, Steve Nash, Tony Parker, Paul Pierce, Kevin Garnett, Lebron James, Stephen Curry, Kevin Durant. E peço que você leia esses nomes devagar, e se tiver uns cabelos brancos, tente lembrar das Finais que eles disputaram, dos lances, das bolas impossíveis, dos buzzer beaters.

    São eras muito claras numa história recente da NBA. Talvez o único jogador que te transporte dessas memórias para a atualidade é Kyrie Irving, que voltou a se encontrar como coadjuvante de luxo, agora ao lado de Luka Doncic no ainda vivo Dallas Mavericks.

    As novas estrelas do show

    Quem será o astro dos playoffs que marcará essa primeira metade da década? Quem tem “star power” para conseguir um lugar cativo na nossa memória?

    Em quadra, Nikola Jokic, mais uma vez eleito MVP, sem dúvida deve ser citado. Mas ele já mostrou muitas vezes que não liga para fama e só quer jogar bola.


    Se você fosse o responsável pela divulgação dos playoffs e das Finais da NBA pro mundo hoje, quem mais você colocaria no banner? Quais seriam os rostos mais conhecidos mundialmente? O segundo colocado na corrida ao MVP Shai Gilgeous-Alexander? Jalen Brunson? Jayson Tatum? Anthony Edwards, por ter aparecido em Arremessando Alto, da Netflix?

    Como a NBA vai recuperar o interesse do público?

    Seis possíveis campeões diferentes nos últimos seis anos é ótimo pela competitividade. Mas será que desperta o mesmo interesse para o público geral? A audiência dos últimos anos diz que não…

    A série de Finais mais assistida da história foi a de 1998, entre Chicago Bulls e Utah Jazz, com uma média de 29.04 milhões de espectadores por jogo, sendo o jogo do título o recordista absoluto em audiência, com quase 36 milhões de pessoas ligadas para ver a despedida de Michael Jordan.

    Recuperando os índices de audiência das últimas décadas, de 1990 a 1999, as Finais da NBA foram vistas por uma média de 22.2 milhões de pessoas. O período seguinte, de 2000 a 2009, por 14.39 milhões. De 2010 a 2019, a média de audiência das Finais foi de 17.33 milhões de espectadores.

    2020 foi um ano atípico, por conta da pandemia, e a NBA teve uma das piores audiências da história, com apenas 4 milhões de pessoas vendo o título dos Lakers na bolha. Mas os números ainda não voltaram para o antigo patamar.

    Em 2021, a primeira série de Final sem LeBron James ou Stephen Curry desde 2010, 9.91 milhões de espectadores viram o título do Milwaukee Bucks em cima do Phoenix Suns.

    Em 2022, 12.40 milhões acompanharam a vitória do Golden State Warriors contra o Boston Celtics.

    E em 2023, 11.64 milhões viram o Denver Nuggets conquistar o Larry O’Brien.

    Em 2024, os Lakers apareceram em sete dos 10 jogos mais vistos na temporada regular (sendo quatro nos cinco primeiros). Não há dúvida do poder que LeBron James tem para atrair audiência, atenção e visibilidade para um time, especialmente com uma camisa tão tradicional como a nossa. Mas o fim dessa era está cada vez mais próximo.

    Quem conseguirá fazer a NBA retomar o interesse do público geral nos próximos anos? E mais importante, quem será o rosto (e o futuro) do Los Angeles Lakers?

    Fala aí!

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