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    Renato Campos

    20 de Agosto de 2024 postado por Renato Campos

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    A NBA, de um modo em geral, virou uma liga reacionária, onde times como o Lakers fazem movimentos para tentar acompanhar ou superar outras franquias. Um exemplo claro disso foi a troca por Russell Westbrook, onde o Lakers fez uma jogada mal planejada que foi duramente criticada pela grande maioria.

    Recentemente, o Bleacher Report publicou um artigo revisitando as 10 maiores trocas da NBA nos últimos cinco anos e deu ao Lakers uma nota “F” por sua parte na confusão envolvendo Westbrook. 

    “O que já parecia uma má ideia na época ficou ainda pior pelo fato de que Westbrook ainda tinha dois anos e 91 milhões de dólares no contrato. O salário dele no primeiro ano (44,2 milhões de dólares) representava 39,3% do teto salarial, o que seria como pagar 55,3 milhões de dólares para um jogador hoje em dia. Em nenhum momento essa troca teve qualquer chance de ser boa para o Lakers, e ela vai ser lembrada como uma das piores da história da NBA.”

    Westbrook de fato não foi uma boa escolha

    Em 6 de agosto de 2021, aconteceu uma troca envolvendo cinco times, que levou Westbrook e duas escolhas de segunda rodada do draft (2024 e 2028) para o Lakers, enquanto o Washington Wizards recebeu Kyle Kuzma, Kentavious Caldwell-Pope, Montrezl Harrell e a 22ª escolha no draft de 2021 (Isaiah Jackson).

    Westbrook vinha de uma temporada onde ele teve médias de 22,2 pontos, 11,5 rebotes, 11,7 assistências e 1,4 roubos de bola por jogo, o que lhe rendeu o 11º lugar na votação de MVP da NBA. Mas seus atributos atléticos já não eram os mesmos, e ele não conseguia mais chegar ao aro com a mesma facilidade de antes, registrando o menor percentual de tentativas de arremesso perto do aro em sua carreira, com apenas 19,4%.

    Com 19 vitórias e 33 derrotas nos primeiros 52 jogos, parecia que o Wizards estava fora de combate, mas Westbrook e Bradley Beal encontraram um novo ritmo, vencendo 15 dos 19 jogos restantes e garantindo uma vaga nos playoffs da NBA, onde o time acabou sendo eliminado pelo Philadelphia 76ers em cinco jogos.

    O ponto crucial dessa troca não foi tanto quem o Lakers trouxe para Los Angeles, mas quem a diretoria mandou embora.

    O Lakers tinha tudo que precisava...

    Olhar para o time do Lakers antes da chegada de Westbrook é bem interessante. Normalmente, os times sempre enxergaram LeBron como o armador principal e fizeram de tudo para cercá-lo com bons arremessadores de três, mantendo a quadra espaçada.

    O Lakers de 2020-21 tinha Kuzma, Caldwell-Pope, Dennis Schroder e Alex Caruso como jogadores de apoio. Isso significava dois arremessadores de três pontos com mais de 40% de aproveitamento (Caldwell-Pope, Caruso), um armador eficiente (Schroder) e um jovem promissor com foco no ataque (Kuzma).

    No início da temporada 2021-22, quando Westbrook estreou no Lakers, todos esses caras já tinham saído. No lugar deles, o Lakers colocou em quadra Carmelo Anthony, Avery Bradley, Stanley Johnson, e, antes de descobrir o potencial, Malik Monk e Austin Reaves.

    A temporada de Westbrook como jogador não foi um desastre total, já que ele foi de longe o Laker mais saudável, sendo titular em 78 jogos e jogando 34,3 minutos por partida. Ele teve médias de 18,5 pontos, 7,4 rebotes e 7,1 assistências, mas seu aproveitamento de 29,8% nas bolas de três ficou aquém do esperado.

    Lakers teve 41 time titulares no período de Westbrook

    As lesões de LeBron James e Anthony Davis fizeram com que o Lakers usasse 41 quintetos titulares diferentes durante a temporada, sem que nenhuma formação fosse usada mais de sete vezes. Para comparação, o Lakers de 2023-24 usou apenas 19.

    Pior troca da história da NBA? Talvez sim. Mas de fato foi uma combinação cruel de lesões fora de hora, companheiros de equipe que não se encaixaram e uma cultura de “vencer agora” que fez o Lakers abrir mão de bons jogadores cedo demais.

    Segue o jogo...

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