29 de Setembro de 2024 postado por Renato Campos
Apesar do training camp da NBA estar prestes a começar, uma grande troca aconteceu na sexta-feira à noite. O New York Knicks enviou Julius Randle, Donte DiVincenzo e uma escolha de draft de primeira rodada futura para o Minnesota Timberwolves, em troca de Karl-Anthony Towns, um pivô que já foi quatro vezes All-Star.
Essa troca provavelmente deixará o time dos Knicks, que já um candidato ao título, ainda mais poderoso, reforçando a posição de pivô, que era seu ponto fraco antes do negócio. Pode ser mais um daqueles casos clássicos de "os ricos ficando mais ricos", algo que ainda rola na NBA, mesmo com o novo limite salarial super restritivo.
Enquanto isso, o Lakers parece continuar de braços cruzados. Os torcedores têm criticado a diretoria do time — com razão — por não terem feito movimentos significativos nesta offseason, além de assinarem com os dois calouros e apostarem no ex-jogador de segunda rodada Christian Koloko.
Mas fechar uma troca, ainda mais uma de impacto, não é tão simples assim para os Lakers. Fora talvez o armador Austin Reaves, que eles se recusam veementemente a envolver em qualquer negociação, parece que o time não tem muitas peças que interessariam a outros times. Eles até têm duas escolhas futuras de primeira rodada que poderiam incluir numa troca, mas parece que querem ser cautelosos sobre como usá-las.
Há também a chamada "taxa Lakers", onde outros times fazem o Lakers pagar mais caro do que fariam com qualquer outra equipe numa negociação. Isso pode ser resultado da antipatia que muitos times têm por L.A., da falta de respeito pelo general manager Rob Pelinka, ou até da percepção de que a franquia está desesperada, já que LeBron James está perto da aposentadoria.
O fantasma Russell Westbrook
No fim das contas, o principal motivo pelo qual o time está nessa situação foi a troca feita em 2021 para adquirir Russell Westbrook.
Essa troca é vista como um desastre total, e não só porque Westbrook não encaixou no time. O maior problema foi o que o Lakers abriu mão. Eles dispensaram dois ótimos jogadores complementares, Kyle Kuzma e Kentavious Caldwell-Pope, que foram peças importantes no título de 2020, além do ex-Sexto Homem do Ano Montrezl Harrell.
Kuzma não era o encaixe ideal ao lado de LeBron e Anthony Davis, mas ele melhorou muito nos últimos anos e poderia ter sido uma boa moeda de troca para o Lakers conseguir um armador de verdade que não tivesse as falhas de D’Angelo Russell ou um ala com boa defesa e arremesso.
O mesmo vale para Caldwell-Pope, que conquistou um segundo anel com o Denver Nuggets e agora vai tentar ajudar o Orlando Magic a dar um passo à frente. Ele é um ótimo arremessador de três, um defensor de equipe sólido e finaliza bem nos contra-ataques.
Harrell ainda teria uma ou duas temporadas produtivas antes de romper o ligamento cruzado anterior, o que o fez perder toda a última temporada. Ele também poderia ter sido uma boa peça adicional caso o Lakers decidisse fazer um grande movimento.
Agora, eles estão praticamente com o mesmo elenco que foi eliminado rapidamente nos playoffs da temporada passada pelos Nuggets na primeira rodada. Talvez eles deem sorte e consigam fazer uma troca que os ajude a subir na tabela nos próximos meses, mas, por enquanto, estão presos na pior posição possível — não sendo um verdadeiro candidato ao título, mas bons o suficiente apenas para brigar por uma vaga nos playoffs.