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    Renato Campos

    06 de Setembro de 2024 postado por Renato Campos

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    Kobe Bryant se destacou logo depois de chegar à NBA saindo direto do ensino médio na temporada 1996-97, rapidamente se tornou um dos melhores jogadores de basquete do mundo. Mas, conforme o tempo foi passando e ele venceu desafios pessoais, seu legado só cresceu, transformando-o em um verdadeiro ícone.

    Nos últimos anos de sua carreira e vida, Kobe assumiu o papel de mentor para muitos jogadores da NBA, incluindo alguns dos grandes nomes da liga atualmente. Um desses jogadores é Paul George, que assinou com o Philadelphia 76ers nesta offseason.

    George teve lesão muito grave há 10 anos

    Muita gente pode ter esquecido, mas há 10 anos, George passou por um momento bem difícil. Ele sofreu uma lesão horrível enquanto jogava com a seleção dos EUA antes da Copa do Mundo da FIBA. Ele quebrou a tíbia e a fíbula de forma grave e os médicos disseram que ele perderia toda a próxima temporada da NBA.

    George sempre se viu como um discípulo de Bryant, já que cresceu no sul da Califórnia sendo fã do Lakers. Em seu podcast "Podcast P with Paul George", seu pai contou uma história de como Kobe ligou para Paul pouco antes da cirurgia.

    “O agente dele, Aaron, conseguiu falar com o Sr. Bryant,” lembrou o pai de George. “Então, ele passou o telefone para Paul, e eles conversaram. Quando Paul desligou, ele disse: 'Adivinha com quem eu acabei de falar?' e estava lá, sorrindo. Ele disse: 'Acabei de falar com o Kobe Bryant.' Logo depois, levaram ele para a cirurgia.”

    Paul ficou muito grato pelos conselhos que Kobe deu a ele.

    “Ele estava, basicamente, mostrando apoio,” disse Paul sobre a ligação com Kobe. “Ele falou: 'Se você precisar de qualquer coisa, estou aqui. Estou junto com você.' E depois ele disse: 'A reabilitação vai ser dura. O trabalho vai ser pesado.' E também: 'Ninguém gosta de fazer reabilitação,' porque essa foi a primeira vez que eu me machuquei ou quebrei algo. Já tinha torcido o tornozelo na faculdade, mas não precisou de cirurgia, só de descanso. Então, essa foi a primeira lesão que precisei operar. Ele falou: 'O processo vai ser cansativo, repetitivo, você não vai querer fazer, mas meu conselho é encarar a reabilitação como você encara os treinos na quadra.' Ele disse: 'Você gosta de treinar na quadra de basquete. Tem que encontrar essa mesma diversão na reabilitação. Não tem outro jeito de passar por isso. Encare a reabilitação como encara a quadra.'

    "Esse conselho me levou muito longe, porque, logo de cara, eu entendi o que ele queria dizer. O quanto seria difícil, o trabalho repetitivo, fazendo as mesmas coisas dia após dia. Isso cansa. Se ele não tivesse me avisado, eu teria perdido o foco, não estaria 100% ali, e talvez não desse tudo de mim. Mas ele meio que me preparou. E essa ideia de atacar a reabilitação como no basquete me fez pensar: 'Ok, ele disse que ia ser cansativo, então agora tenho que dar tudo de mim toda vez que eu for treinar.' Esse foi o momento de virada. E ainda foi surreal essa ligação, porque eu estava sob efeito dos remédios [naquela hora].”

    Kobe sempre foi um grande mentor de jovens jogadores

    Naquele momento, Kobe já sabia muito bem como era passar por lesões sérias e reabilitação. Ele rompeu o tendão de Aquiles em abril de 2013, uma lesão que, na prática, poderia ser o fim da sua carreira. Kobe se esforçou muito na reabilitação e conseguiu voltar a jogar em dezembro.

    Apesar de ter voltado para mais duas temporadas, ele já não era mais o jogador dominante de antes. Mas o respeito que o mundo do basquete tinha por ele nunca mudou. Esse respeito só aumentou com o tempo, especialmente depois da sua trágica morte em um acidente de helicóptero em janeiro de 2020.

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