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    Renato Campos

    16 de Novembro de 2024 postado por Renato Campos

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    Bronny James, filho de LeBron James, é uma das figuras mais acompanhadas no cenário atual da NBA e suas divisões de desenvolvimento. Contudo, a decisão do Lakers de limitar sua participação na G-League apenas aos jogos em casa tem gerado críticas e levantado questionamentos sobre os reais benefícios dessa estratégia para sua carreira.

    Um início promissor, mas cheio de limitações

    Bronny fez sua estreia pelo South Bay Lakers com casa cheia, enfrentando o Salt Lake City Stars. Apesar do desempenho modesto – seis pontos, quatro assistências e cinco turnovers em 31 minutos – ele demonstrou potencial defensivo com roubos de bola e um toco. Contudo, sua eficiência ofensiva ainda precisa de trabalho, especialmente nos arremessos e na tomada de decisões.

    O problema central, porém, não é o desempenho em si, mas as restrições impostas à sua atuação no time. De acordo com Brian Windhorst, do Hoop Collective, Bronny só jogará as partidas realizadas no UCLA Health and Training Center, não acompanhando o time nos jogos fora de casa. Para um atleta que já perdeu um ano de desenvolvimento devido a problemas de saúde, essa limitação representa um retrocesso preocupante.

    A decisão: familiar ou do time?

    A escolha parece ser um esforço conjunto entre a diretoria do Lakers e a família James. É compreensível que LeBron, em sua 22ª temporada, queira manter o filho próximo durante as viagens, mas essa conveniência familiar vem com um custo significativo para o desenvolvimento de Bronny como jogador de basquete.

    Essa estratégia, ao que tudo indica, não atende aos interesses de Bronny como atleta, nem do South Bay Lakers, que depende da evolução de seus talentos para alimentar o time principal. Além disso, ao limitar sua exposição a diferentes cenários de jogo – especialmente as adversidades das partidas fora de casa –, a decisão prejudica sua experiência competitiva.

    O impacto no desenvolvimento de Bronny

    Para jovens jogadores, a repetição e o tempo de jogo são essenciais para o progresso. Bronny precisa de mais minutos para aprimorar suas habilidades ofensivas e defensivas, além de ganhar confiança em situações reais de partida. A ausência de jogos fora de casa elimina oportunidades cruciais de aprendizado em ambientes desafiadores e contra adversários variados.

    Defensivamente, Bronny já mostra sinais promissores, movimentando-se bem nos bloqueios e dificultando a vida dos armadores adversários. Ofensivamente, no entanto, ele precisa de mais tempo para melhorar sua consistência nos arremessos e no controle de bola. Reduzir pela metade o tempo em quadra dificulta esse progresso e pode deixá-lo ainda mais atrás na busca por uma vaga consistente no elenco principal.

    O dilema do Lakers

    O Lakers tem em mãos uma narrativa poderosa: a parceria entre LeBron e seu filho, algo raro na história da NBA. No entanto, essa narrativa não pode eclipsar o que é melhor para Bronny. A franquia precisa decidir se priorizará o desenvolvimento do jovem jogador ou se continuará apostando em estratégias que servem mais a interesses externos do que ao basquete.

    Bronny tem potencial para se tornar um jogador impactante, mas, para isso, precisa de experiências completas dentro da G-League. Como apontado por analistas, limitar sua participação aos jogos em casa não beneficia ninguém – nem Bronny, nem o Lakers, nem seu próprio futuro como atleta.

    Se o Lakers realmente acredita no talento de Bronny James, é hora de rever essa estratégia e garantir que ele receba o tempo e as oportunidades necessários para evoluir. Caso contrário, a franquia corre o risco de desperdiçar uma promessa que ainda tem muito a oferecer.

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