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    Renato Campos

    21 de Novembro de 2024 postado por Renato Campos

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    O início da passagem de Paul George pelo Philadelphia 76ers tem sido tudo menos promissor. Com uma campanha desanimadora de 2-12, a equipe ocupa a lanterna da Conferência Leste. Além disso, as lesões de Joel Embiid, Tyrese Maxey e do próprio George complicam ainda mais o cenário. Para piorar, o Sixers enfrenta a ameaça de perder sua escolha de draft para o Oklahoma City Thunder, caso não fique entre as seis primeiras.

    Com esse cenário caótico, começa a surgir um questionamento inevitável: se o time da Filadélfia optar por um rebuild, será que o Lakers deveria explorar a possibilidade de adquirir Paul George?

    Paul George no Lakers: um bom encaixe?

    Se o 76ers decidir desmanchar o elenco, o Lakers pode, sim, cogitar algumas ligações. Contudo, Joel Embiid parece fora de questão, dado que Anthony Davis já ocupa esse espaço com um desempenho superior. Tyrese Maxey, por sua vez, é jovem e indispensável para o futuro de qualquer reconstrução. Isso deixa Paul George como a única opção viável.

    Na teoria, George seria um complemento quase perfeito para LeBron James e Anthony Davis. Com um excelente arremesso de longa distância, capacidade defensiva e habilidades de playmaker, ele preencheria lacunas evidentes no elenco atual. Porém, há um problema: sua consistência e capacidade de liderança estão frequentemente em xeque.

    O dilema Paul George

    Ao longo de sua carreira, George passou por equipes como Indiana Pacers, Oklahoma City Thunder, Los Angeles Clippers e agora Philadelphia 76ers, mas em nenhum desses contextos conseguiu sustentar uma cultura vencedora. O que falta? Talvez resiliência nos momentos decisivos, talvez a habilidade de ser um líder verdadeiro.

    Suas passagens anteriores foram marcadas por lesões recorrentes e momentos de pouca entrega emocional ao time. No Clippers, ele trouxe mais frustrações do que resultados, especialmente considerando as altas expectativas ao lado de Kawhi Leonard. Seria arriscado para o Lakers investir pesadamente em um jogador com esse histórico?

    O preço por Paul George

    Além das questões de desempenho, o custo de adquirir George é um grande obstáculo. Seu contrato atual é de US$ 49,2 milhões, o que obrigaria o Lakers a montar um pacote de trocas que alcance esse valor dentro das rígidas regras do novo CBA.

    Um possível cenário incluiria D’Angelo Russell (US$ 18 milhões), Rui Hachimura (US$ 17 milhões), Gabe Vincent (US$ 11 milhões) e, possivelmente, Jaxson Hayes ou Cam Reddish. Além disso, o 76ers provavelmente exigiria escolhas de draft de primeira rodada em 2029 e 2031, e até jogadores mais valiosos, como Austin Reaves ou Dalton Knecht, poderiam ser colocados na mesa.

    Essa troca deixaria o Lakers em uma posição vulnerável, sacrificando a profundidade do elenco e compromissos futuros por um jogador que, embora talentoso, não tem um histórico que inspire confiança absoluta.

    O veredito: vale o risco?

    Enquanto a ideia de Paul George em um uniforme do Lakers pode ser atraente no papel, as barreiras práticas e o histórico do jogador tornam a transação arriscada. Com as limitações do mercado de trocas e a incerteza sobre a capacidade de George de se tornar o diferencial em um time aspirante ao título, é mais prudente que o Lakers explore outras alternativas.

    A construção de uma equipe sólida e duradoura talvez passe longe desse tipo de aposta de alto risco. Para o Lakers, o foco deve continuar sendo em peças que complementem sua dupla de estrelas de maneira sustentável, evitando um cenário onde mais promessas se tornem frustrações.

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