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    Renato Campos

    24 de Fevereiro de 2025 postado por Renato Campos

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    Quando se fala em talento jovem na NBA, é difícil não mencionar Luka Doncic. Recentemente, ele foi envolvido em uma troca surpreendente que o levou ao Lakers, um movimento que mexeu com toda a liga. Embora ainda esteja se adaptando à nova casa, Doncic já mostrou um desempenho brilhante em Denver, onde o Lakers conquistou uma vitória por 123-100 sobre o Nuggets.

    Nesse jogo, Doncic registrou 32 pontos, 10 rebotes, sete assistências, quatro roubadas de bola e um toco em apenas 31 minutos. Foi a segunda vitória do Lakers sobre o Nuggets nos últimos 15 jogos, entre temporada regular e playoffs, o que reforçou o impacto imediato que Doncic trouxe ao time de Los Angeles. O próprio jogador, com um sorriso, admitiu que fazia tempo que não vencia em Denver — e destacou o quanto isso o motiva a manter a confiança.

    "Eu não me lembro da última vez que venci aqui. É muito difícil jogar aqui contra esse time. Vencer desse jeito é uma vitória incrível para nós e me dá muita confiança para seguir em frente. Finalmente me senti sendo eu mesmo um pouco."

    A estreia de Doncic no Lakers vinha sendo aguardada por todos, inclusive pelo técnico JJ Redick, que revelou ter pedido a ele um “apagão” em quadra — ou seja, aquele momento em que Doncic joga com tanta intensidade e raiva competitiva que começa a gritar e a extravasar, sem se dirigir a ninguém em particular. Pelas reações e provocações exibidas ao longo da partida contra o Nuggets, ficou claro que esse pedido foi atendido.

    Doncic no Comando: O Retorno do Mago do Pick-and-Roll

    Um dos pontos altos do desempenho de Doncic foi o controle total das ações ofensivas do Lakers. Ele relembrou a todos o seu estilo de jogo em Dallas, quando se tornou famoso por caçar mismatches no pick-and-roll. Agora, em Los Angeles, Redick fez questão de colocar a bola em suas mãos, liberando o jogador para criar jogadas a partir do bloqueio direto, principalmente focando em desestabilizar a defesa de Nikola Jokic e Jamal Murray.

    Para entender melhor como explorar o Nuggets, o técnico do Lakers revisou os vídeos dos confrontos anteriores de Denver contra o antigo time de Doncic. O resultado foi um plano de jogo focado em colocar Doncic como o principal criador, enquanto LeBron James e Austin Reaves alternavam momentos na armação para descansar e manter a fluidez ofensiva.

    A taxa de uso de Doncic (36% na partida) foi a maior dele desde que chegou ao Lakers, segundo dados da NBA. Além disso, ele liderou a equipe em pontos e empatou em assistências, evidenciando sua versatilidade. A conexão natural com LeBron James se mostrou forte: houve passes em transição para enterradas e até jogadas de alley-oop na meia-quadra. Após o jogo, LeBron comentou que se sente como um “wide receiver nato” recebendo a bola de um “quarterback nato” — uma metáfora esportiva que resume a boa química entre os dois.

    Uma Defesa Diferenciada: Como Parar Nikola Jokic

    Por outro lado, a defesa do Lakers, muitas vezes deixada em segundo plano, foi fundamental na vitória. A equipe conseguiu limitar Nikola Jokic, uma das maiores armas ofensivas da NBA, a apenas 13 pontos, seu segundo pior número na temporada, além de forçar seis desperdícios de bola. Esses números representam uma raridade para quem acompanha o desempenho dominante de Jokic nos últimos anos.

    A estratégia foi criativa e bem executada. Em vez de usar Jaxson Hayes ou um pivô mais físico e tradicional, o técnico Redick optou por colocar Rui Hachimura na marcação de Jokic. Hachimura, que já teve sucesso contra jogadores de força como Karl-Anthony Towns e Julius Randle, abraçou a missão de dificultar cada movimento de Jokic. Ele começou a marcar o pivô na altura do meio da quadra, trombando e disputando posição para evitar que Jokic recebesse a bola confortavelmente na zona do post ou nos cotovelos.

    A ajuda veio também de outros jogadores que se revezavam na cobertura, fazendo do esquema defensivo um verdadeiro quebra-cabeça para o Nuggets. Jarred Vanderbilt, atuando como “pivô baixo” em alguns momentos, demonstrou intensidade máxima nos poucos minutos que esteve em quadra, chegando a forçar faltas de ataque e roubadas de bola logo em seus primeiros segundos. Tudo isso reforça o quão versátil e sólido o esquema defensivo do Lakers pode ser.

    Evolução Coletiva e Caminho para o Título

    A chegada de Doncic ao Lakers mudou totalmente a dinâmica do time. Nos últimos 18 jogos, o Lakers apresenta uma impressionante sequência de 14 vitórias e 4 derrotas, passando por diferentes formações — desde a época em que Anthony Davis e Max Christie estavam disponíveis, até o período pós-troca que trouxe Doncic. Independentemente das variações no elenco, o Lakers manteve um padrão de alta intensidade defensiva e um ataque em constante evolução.

    Atualmente, o Lakers conta com a melhor defesa, o oitavo melhor ataque e o terceiro melhor saldo de pontos no período recente de 18 jogos. Essa consistência permite vislumbrar uma longa corrida nos playoffs, com o time contando não só com o talento individual de Doncic, LeBron e Reaves, mas também com o empenho defensivo de atletas como Hachimura, Vanderbilt e Dorian Finney-Smith, que cumprem papéis decisivos em momentos-chave.

    Na prática, o que se viu em Denver pode ser o “roteiro” do que esperar de um Lakers forte na pós-temporada. Doncic liderando o ataque, LeBron contribuindo com sua genialidade, e todo o elenco se movimentando e se ajudando na defesa. Se a ideia é de fato competir por mais um anel, esse é o caminho: um basquete coletivo, agressivo e com a combinação única de inteligência e talento.

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