
25 de Março de 2025 postado por Renato Campos
Em um mercado de offseason que promete ser agitado para o Lakers, uma das prioridades será manter o ala Dorian Finney-Smith, que possui uma player option de US$ 15,4 milhões para a próxima temporada. Analistas especulam que a franquia tentará segurá-lo sem ultrapassar a primeira faixa de multas (first apron), permitindo maior flexibilidade para outros movimentos.
Estratégia “Decline-and-Sign”
Conforme explicado por John Hollinger, do The Athletic, o Lakers pode propor a Finney-Smith que ele recuse a player option para 2025-26 — avaliada em US$ 15,4 milhões — em troca de um acordo mais longo e por um valor anual menor. Mesmo que isso possa levar a um pagamento maior no final do contrato (pois Finney-Smith completará 32 anos neste verão), a compensação seria reduzir o valor que pesa no teto salarial em 2025-26, mantendo o time abaixo do nível crítico de impostos.
“A ideia é que L.A. consiga com que Finney-Smith recuse sua player option em troca de um contrato mais longo por menos dinheiro,” escreveu Hollinger. “Reduzindo alguns milhões do valor de 2025-26, o Lakers se manteria mais distante do first apron.”
Valor de Finney-Smith para o Lakers
O técnico novato JJ Redick tem repetidamente elogiado a contribuição de Finney-Smith na transformação defensiva do Lakers. Desde que chegou — em 29 de dezembro, ao lado de Shake Milton em troca de D’Angelo Russell, Maxwell Lewis (usado esporadicamente) e três escolhas de segunda rodada —, o ala foi peça-chave para mudar a cultura defensiva da equipe:
- Campanha de 25-14 desde a sua aquisição.
- 22-10 quando Finney-Smith está em quadra.
- O Lakers saltou da 21ª posição em Defensive Rating para 1ª por quase dois meses antes de as lesões afetarem o elenco.
Além da energia defensiva, a relação próxima com Luka Doncic também é valiosa, já que o time sonha em mantê-lo como a face da franquia por muitos anos.
O que motiva o Lakers a usar o “Decline-and-Sign”
De acordo com Hollinger, o principal interesse do Lakers em reduzir o custo imediato do contrato de Finney-Smith é abrir espaço para a non-taxpayer midlevel exception, essencial para assinar ou trocar por um pivô titular nesta offseason.
O espaço salarial, no entanto, permanece apertado, mesmo que o time opte por não garantir os US$ 3 milhões de Shake Milton. Uma alternativa citada seria estender (stretch) o salário de Maxi Kleber (US$ 11 milhões) para criar folga, visto que o Lakers já não possui tantas escolhas de draft para “adoçar” eventuais negociações.
E quanto a LeBron James?
Hollinger pontua ainda que a estratégia de “decline-and-sign” poderia envolver também LeBron James, caso ele aceite uma redução salarial similar à do ano passado, facilitando a permanência de Finney-Smith e abrindo espaço para a chegada de outro jogador relevante, via mercado ou troca.
Finney-Smith não planeja “desconto”
Em declarações recentes, Finney-Smith deixou claro que não planeja favorecer o Lakers com um valor abaixo do que considera justo:
“Você viu o que aconteceu com o Luka (Doncic)? (...) Você tem que se colocar em primeiro lugar,” afirmou o ala, sugerindo que a lealdade não é garantia de estabilidade na NBA.
Para Finney-Smith, a melhor forma de todo mundo sair ganhando é o time vencer e, assim, valorizar ainda mais suas peças. Se as vitórias vierem, será benéfico tanto para o jogador na hora de negociar quanto para a franquia, que se firma como candidata ao título.