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    Renato Campos

    21 de Abril de 2025 postado por Renato Campos

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    Quando o Lakers recuou da troca por Mark Williams após o fechamento da janela de transferências, a decisão teve consequências imediatas, e agora, dolorosas. A ausência de profundidade no garrafão se tornou um dos principais pontos fracos da equipe, evidenciada de forma brutal na derrota por 117 a 95 para o Minnesota Timberwolves no Jogo 1 da primeira rodada dos playoffs da NBA.

    Um garrafão exposto

    Rudy Gobert foi praticamente irrelevante no ataque, com apenas dois pontos e seis rebotes em 24 minutos. Mas quem realmente machucou o Lakers foi Naz Reid, com 23 pontos (6/9 em bolas de três) vindo do banco. Reid se aproveitou com inteligência da formação mais baixa que o técnico JJ Redick usou por boa parte da partida, especialmente quando Rui Hachimura e Dorian Finney-Smith foram designados como “pivôs táticos”.

    Do outro lado, o Lakers simplesmente não teve respostas. Jaxson Hayes e Alex Len, os únicos pivôs de ofício disponíveis, somaram juntos apenas 11 minutos, com um ponto, sete rebotes e zero assistências, roubos ou tocos.

    Enquanto isso, o frontcourt de Minnesota brilhou: Jaden McDaniels fez 25 pontos com 11/13 nos arremessos e pegou nove rebotes, enquanto Julius Randle contribuiu com 16 pontos, cinco rebotes e cinco assistências.

    A ausência de Jemison pesa e poderia ter sido evitada

    Trey Jemison

    O técnico JJ Redick teve pouquíssimas opções para tentar frear o impacto físico do Timberwolves. Um dos nomes que poderiam ter feito a diferença é o jovem Trey Jemison III, pivô que mostrou potencial no fim da temporada regular. No entanto, por ter permanecido com contrato two-way, ele não pode ser inscrito nos playoffs.

    Segundo apuração da ESPN, o Lakers teve oportunidades de convertê-lo para um contrato padrão antes da data limite da temporada, mas optou por manter a “química do elenco” intacta, evitando cortar alguém como Alex Len. Len, aliás, teve 11 DNPs consecutivos no fim da temporada, o que levanta a questão: mantê-lo no elenco realmente valia mais do que testar um talento promissor?

    Mais ainda, o argumento financeiro que poderia justificar a não conversão de Jemison também não se sustenta. A franquia terminou a temporada apenas US$ 670 mil abaixo da segunda “apron” do teto salarial, mas os contratos se prorrogam proporcionalmente. Ou seja, havia margem para fazer o movimento sem quebrar regras da liga.

    O que resta ao Lakers?

    A resposta talvez esteja em dobrar a aposta no small-ball, reforçar a defesa no perímetro e acelerar o jogo ofensivo, algo que já vimos dar certo ao longo da temporada. Luka Doncic já mostrou que pode explorar mismatches, principalmente contra Gobert, forçando o pivô a sair do garrafão e cometendo faltas rápidas.

    Mas se Redick quiser proteger o garrafão e alternar táticas, precisará tirar mais de Hayes, ou, na falta de melhor opção, arriscar alguns minutos com Len. A verdade é que a ausência de alternativas confiáveis no garrafão foi uma escolha da diretoria, e pode custar caro numa série contra um dos times mais altos da liga.

    O Jogo 2 será crucial. Se o Lakers conseguir virar a chave tática e se impor com sua linha mais leve e versátil, o apagão do Jogo 1 pode ser apenas um tropeço inicial. Caso contrário, o time pode amargar a eliminação mais cedo do que o esperado e a não utilização de Jemison será vista como um erro evitável na temporada 2025.

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