15 de Setembro de 2025 postado por Renato Campos
Mesmo que não seja o auge da offseason, a polêmica em torno do Los Angeles Clippers domina o noticiário da NBA. A franquia, liderada pelo bilionário Steve Ballmer, é acusada de violar regras salariais de forma considerada uma das mais graves desde o último grande caso de cap circumvention há mais de 20 anos. As revelações surgiram após a investigação conduzida pelo jornalista Pablo Torre, que trouxe à tona evidências contundentes.
O risco de punição
O comissário Adam Silver afirmou recentemente que, apesar do que diz o Acordo Coletivo de Trabalho (CBA), cabe à liga comprovar a culpa do Clippers. Ainda assim, o volume de evidências torna improvável que a franquia saia ilesa. A grande dúvida é a severidade da punição: perda de escolhas de draft, multas milionárias ou até medidas mais duras.
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Impacto sobre o restante da liga
A decisão sobre os Clippers terá efeito cascata. Dependendo do rigor da NBA, pode ser vista como um aviso ou como um incentivo para outras equipes. Se a punição se resumir a multas e perda de algumas escolhas de draft, o risco pode parecer pequeno diante dos benefícios de assinar atletas abaixo do valor de mercado e manipular o teto salarial.
Franquias rivais, como o Los Angeles Lakers, que em breve terão também um bilionário no comando, poderiam considerar táticas semelhantes. Afinal, se o custo for apenas "o preço de fazer negócios", qual seria o real desestímulo?
Uma questão de precedentes
O caso só veio à tona por conta de um detalhe improvável, o nome pouco discreto de uma LLC usada no esquema. Se não fosse isso, talvez nada tivesse sido descoberto. Isso levanta outra questão: quantas franquias já praticam artifícios semelhantes, apenas de forma mais cuidadosa para não serem expostas?
Se a NBA optar por uma punição branda, abre-se uma verdadeira caixa de Pandora. O risco é transformar o cap circumvention em prática comum e cada vez mais sofisticada, minando a credibilidade do sistema de teto salarial e afetando o equilíbrio competitivo da liga.



