06 de Outubro de 2025 postado por Renato Campos
Se o Lakers quiser realmente brigar pelo topo da NBA, Luka Doncic precisará mudar a forma como joga. É simples assim. O esloveno sempre foi o centro das ações ofensivas por onde passou, mas neste elenco, que também conta com LeBron James e Austin Reaves, o protagonismo isolado não é o melhor caminho.
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Menos domínio da bola, mais movimento
Durante seus anos no Dallas Mavericks, Doncic foi o maestro absoluto. Cada jogada, cada ritmo, cada decisão passava por suas mãos. No entanto, esse estilo, embora brilhante, é exaustivo. No Lakers, o sucesso depende de um Luka mais dinâmico, disposto a jogar sem a bola, cortar para a cesta e se movimentar constantemente no ataque.
Como destacou o repórter Jovan Buha, do podcast Buha’s Block: “Parte da mudança será ver Luka jogando mais fora da bola. Já vimos isso um pouco na seleção da Eslovênia e no ano passado, com aquela ação ‘chase 77’, em que ele saía de pin downs para receber em movimento.”
Previsibilidade é o inimigo da criatividade
Quando Luka controla o ataque de forma contínua, o sistema se torna previsível, e previsibilidade mata a criatividade, mesmo quando vem de um dos melhores talentos ofensivos da liga. Um ajuste no ritmo pode liberar o potencial máximo do trio com LeBron e Reaves, tornando o ataque mais fluido e imprevisível.
Buha reforça a importância de equilibrar o uso de Luka: “É sobre diminuir a carga dele, para que ainda tenha a bola nas mãos nos momentos decisivos, mas sem precisar ser o motor do ataque durante os 48 minutos.”
Economia de energia e impacto defensivo
Essa mudança não é apenas ofensiva, ela pode ter efeito direto na defesa. Menos desgaste na criação significa mais energia para o outro lado da quadra, área em que Doncic ainda busca evolução. Além disso, compartilhar responsabilidades ofensivas mantém LeBron engajado e dá a Reaves mais espaço para crescer em um ano crucial de contrato.
O exemplo de Dallas e a lição para Los Angeles
Durante sua passagem com Kyrie Irving no Mavericks, Doncic teve de se adaptar a jogar mais fora da bola. Embora nem sempre funcionasse perfeitamente, houve momentos em que o sistema fluiu melhor. O mesmo princípio agora se aplica ao Lakers: menos controle total, mais colaboração, um pequeno ajuste que pode fazer uma enorme diferença.




