15 de Novembro de 2025 postado por Renato Campos
Desde que o Lakers decidiu trocar Anthony Davis, a rotação de garrafão do time nunca mais pareceu realmente completa. A defesa até se sustenta em alguns momentos, o ataque produz em outros, mas a sensação é de que falta uma âncora de elite perto do aro. Agora, surge uma ideia tão ousada quanto lógica: e se a solução for justamente a volta de Davis – mesmo que isso signifique colocar LeBron James na troca, com ajuda do Dallas Mavericks?
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Como o Lakers chegou a essa situação
Tudo começa lá em fevereiro de 2025, quando o Lakers faz um dos maiores “roubos” de sua história recente: envia Anthony Davis, Max Christie e uma escolha de primeira rodada e recebe Luka Doncic. Por mais que Davis tenha sido dominante nas duas pontas da quadra e peça central do título, a chance de trazer um jogador top 5 da NBA, com 26 anos e entrando no auge, era impossível de recusar. A partir dali, o projeto muda de eixo: sai o plano de sobreviver ao fim da era LeBron James, entra o plano de construir tudo em torno de Doncic.
O curioso é que, em termos de necessidade de elenco, LeBron e Doncic não são tão diferentes assim. Ambos são criadores primários, forwards que controlam o ataque e precisam de finalizadores ao redor. E o esloveno sempre rendeu mais com um pivô que corre para o aro e protege o garrafão. Deandre Ayton teve bons jogos pelo Lakers, mas não é, por natureza, esse cara agressivo em pick-and-roll, nem um protetor de aro realmente de elite. O encaixe ideal? Justamente Anthony Davis: um dos melhores finalizadores da liga e um dos maiores protetores de aro da era moderna.
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O problema é que trazer Davis de volta não é videogame: é matemática pesada. Ele ganha 35% do teto salarial, algo em torno de 54 milhões de dólares, e o Lakers teria que chegar muito perto disso em salários para não explodir a folha e cruzar a primeira linha do apron. Montar um pacote ao redor de Austin Reaves significaria empilhar contratos e, pior, abrir mão de um dos pilares do time para o futuro. A solução que surge é tão simples quanto desconfortável: usar o salário de LeBron James.
LeBron fatura cerca de 52,6 milhões de dólares, não faz parte do plano de longo prazo e ainda não pisou em quadra nesta temporada, enquanto o time de Doncic se vira bem sem ele. Em termos friamente esportivos, trocar LeBron por Davis permitiria ao Lakers basicamente adicionar Davis ao elenco atual – o mesmo que já está brigando por mando de quadra no Oeste, mas sem um pivô de elite ao lado de Luka.
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Por que LeBron aceitar uma troca como essa?
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É aí que entra o Dallas Mavericks. Se o Mavericks topasse receber LeBron James, poderia valorizar o nome, usar o contrato como grande salário expirante e ainda se posicionar para a próxima offseason com espaço e flexibilidade. A questão é: por que LeBron aceitaria ir para um time em reconstrução ou focado em loteria? A resposta estaria numa combinação de bastidores: Dallas poderia prometer dispensá-lo rapidamente. LeBron embolsaria o salário máximo, seria cortado e ficaria livre para assinar com qualquer candidato ao título, como New York Knicks, Cleveland Cavaliers ou Miami Heat.
No fim, cada lado enxergaria um benefício claro: o Lakers teria Luka Doncic e Anthony Davis, o Mavericks ganharia escolhas de Draft e enorme alívio financeiro, e LeBron James escolheria seu último grande palco. É uma ideia maluca, sim. Mas é justamente por fazer sentido para todas as partes que ela não pode ser descartada tão rápido, e explica por que o futuro do Lakers pode passar por mais um movimento gigantesco.




