13 de Dezembro de 2025 postado por Renato Campos
Com a aproximação do período em que mais jogadores se tornam elegíveis para troca — a partir de 15 de dezembro — os rumores começam a ganhar força ao redor da NBA. Especulações envolvendo nomes gigantes como Giannis Antetokounmpo, Anthony Davis e LaMelo Ball alimentam debates diários, mas para o Lakers, a realidade pode ser bem menos dramática. Segundo o insider Zach Lowe, o time deve mirar movimentações discretas, focadas em ajustes pontuais, e não em um nova megatrade como o que trouxe Luka Doncic para Los Angeles.
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Zach Lowe: “O Lakers deve mirar uma troca de baixo impacto”
Em seu podcast “The Zach Lowe Show”, o analista da ESPN foi direto ao falar sobre o cenário em Los Angeles. Segundo ele, existe um meio-termo mais plausível entre “ficar parado” e “tentar um pacote insano por Giannis ou outro superstar”. Lowe afirmou que há um buzz interno sobre a possibilidade de o Lakers buscar uma “troca marginal”, algo que complemente o elenco sem comprometer o futuro financeiro ou sacrificar ativos importantes.
Isso significa que, apesar da presença de Luka Doncic e LeBron James, a organização deve evitar movimentos agressivos no meio da temporada. Trocas blockbuster são extremamente raras nesse período — vide a exceção histórica que foi a chegada de Doncic ano passado. A maioria dos times grandes evita transações que reestruturam completamente o elenco antes do deadline.
O motivo: o Lakers quer manter sua flexibilidade
O Lakers tem uma grande vantagem estratégica para o próximo verão da NBA: muito dinheiro saindo da folha salarial. Essa flexibilidade abre portas importantes para reforços de peso, especialmente quando você possui um talento geracional como Luka Doncic sob contrato. Movimentos precipitados agora podem comprometer essa reconstrução pensada para o longo prazo.
Além disso, superstars têm contratos gigantescos. Para adquirir jogadores desse calibre, seria necessário igualar salários — algo que incluiria nomes importantes do elenco atual, possivelmente comprometendo a química que ainda está em desenvolvimento. Não é uma equação simples.
E há mais um fator: LeBron James. Seu agente, Rich Paul, já deixou claro que LeBron deve permanecer em Los Angeles. Com sua rara cláusula de não troca, qualquer movimento envolvendo seu contrato — de US$ 52 milhões — é praticamente impossível sem seu aval explícito. Não há qualquer sinal de que ele queira sair, e o Lakers adora repetir: querem que ele se aposente como um Laker.
O que realmente falta ao Lakers: um 3-and-D confiável
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Embora o time esteja entre os melhores do Oeste, com um sólido 17-7, a derrota recente para o San Antonio Spurs por 132 a 119, mesmo sem Victor Wembanyama, expôs necessidades claras: velocidade, atletismo e principalmente defesa de perímetro. O Spurs impôs um ritmo frenético, explorando transição e espaçamento, e o Lakers não conseguiu acompanhar.
A estatística da noite foi clara: o Lakers cedeu mais de 20 pontos em transição e permitiu aos Spurs mais de 15 bolas de três convertidas. Contra um time sem sua maior estrela, esses números são um alerta importante.
O perfil do reforço ideal? Um ala com defesa forte na ponta e arremesso consistente — o famoso 3-and-D. Esse tipo de jogador é o mais cobiçado da liga, e justamente por isso é difícil de adquirir. Mas é exatamente o que o Lakers precisa para encarar times como Thunder, Wolves, Clippers e Pelicans nos playoffs.
Por que movimentos discretos fazem mais sentido agora
Mesmo com Luka Doncic jogando em nível MVP e LeBron James entregando performances históricas aos 40 anos, o Lakers ainda é um time novo. Deandre Ayton, Marcus Smart e Jake LaRavia chegaram recentemente. O entrosamento ainda está em construção. Trocas que detonem essa química, neste momento, seriam arriscadas.
Um reforço pontual, capaz de corrigir uma fraqueza clara, pode ser muito mais eficiente do que uma revolução. Não é o tipo de notícia que viraliza nas redes sociais, mas é o tipo de decisão que conduz times ao título.
O futuro imediato: ajustes agora, grande salto na offseason
Se o Lakers fizer movimentos inteligentes — mesmo que discretos — pode otimizar o elenco para competir com o Thunder agora e ainda manter espaço suficiente para buscar reforços de elite no próximo verão. A temporada de trocas pode ser “entediante” aos olhos de alguns torcedores, mas isso não significa que seja ruim.
O time já é muito bom. E com ajustes cirúrgicos, pode ficar ainda melhor sem comprometer o futuro.




