13 de Novembro de 2024 postado por Renato Campos
O debate eterno sobre quem é o GOAT da NBA parece que nunca vai acabar. Recentemente, a discussão ganhou uma nova perspectiva quando o técnico do Lakers, JJ Redick, se juntou a Shaquille O'Neal no programa "The Big Podcast with Shaq" e apresentou um desafio embasado em dados às ideias tradicionais sobre basquete.
Conhecido por seu estilo metódico tanto como jogador quanto como treinador, Redick se incomodou quando Shaq perguntou sobre quem é o verdadeiro GOAT da NBA, LeBron James ou Michael Jordan. "Eu me recuso," declarou Redick com firmeza. "As pessoas dizem, 'Você disse isso em 2017 quando jogava contra ele.' Eu estava jogando contra ele, claro que disse que era o melhor jogador de todos os tempos. Me recuso a entrar nesse debate do GOAT. Eles não jogaram um contra o outro. O que torna o LeBron incrível é o fato de que ele está fazendo isso há 21 anos no mais alto nível."
Mesmo rejeitando a premissa do debate, a mente analítica de Redick não resistiu a explorar os números. "Ok, um cara tinha uma média de 35 pontos por ano. LeBron nunca teve média de 35 pontos por ano," ele explicou. "Mas sabe de uma coisa? Ele teve média de 25 pontos por ano por 20 anos seguidos. Ninguém teve mais de 15 anos com essa média. Ele é um pontuador. Mas, de novo, isso se manifesta de forma diferente. Ele joga de forma diferente. É tudo questão de perspectiva."
O'Neal: "LeBron foi o líder jovem mais incrível que já vi."
O'Neal, que jogou com James durante a temporada 2009-2010 em Cleveland, trouxe uma visão mais pessoal. "LeBron é incrível para mim porque ele sempre fez as coisas do jeito certo," refletiu O'Neal. "Quando joguei com o LeBron, ele foi o líder jovem mais incrível que já vi."
O pivô, famoso por sua personalidade dominante, admitiu ter ficado impressionado com o estilo de liderança de James. "Eu sou uma personalidade muito dominante, tipo, em qualquer time que eu vá, esse é meu time," disse O'Neal. "Quando cheguei lá [em Cleveland], ele comandava tudo perfeitamente: o jeito que ele tratava os caras; o jeito que ele tratava a organização; o jeito que ele era treinado; como ele cuidava dos companheiros—eu nem precisava fazer nada."
As duas lendas da NBA questionaram a natureza binária do debate Jordan-James. O'Neal defendeu a ampliação da conversa: "A única coisa que não gosto na discussão é que não colocam o nome do meu parceiro Kobe Bryant... É como dizer, 'Quais são os melhores carros de luxo, Lexus ou Beamer?' Você tem que incluir o Mercedes, também."
Redick concordou, sugerindo que deveria haver uma abordagem mais sofisticada para avaliar a grandeza. "Olha, acho justo dizer que existem diferentes níveis de grandeza. Acho justo dizer, 'quem está no seu Mount Rushmore? Quem são seus quatro maiores? Seus cinco maiores? Seus dez maiores'... Estamos discutindo detalhes. Aliás, muitas vezes estamos comparando eras, comparando regras diferentes."
O técnico do Lakers então apresentou seu argumento mais convincente, questionando o contexto da era de Jordan com dados precisos. "Todo mundo fala sobre o contexto desta era... O Dallas Mavericks foi incluído como o 23º time em 1981. Michael Jordan foi draftado. Durante seu auge, seis times foram adicionados à NBA. Foram 90 jogadores a mais. Isso não dilui a temporada regular até certo ponto?"
À medida que a NBA continua a evoluir, a abordagem analítica de Redick oferece uma nova visão para avaliar a grandeza no basquete—considerando contexto, estatísticas e a dificuldade fundamental de comparar jogadores de diferentes épocas.