O começo da era LeBron James e Anthony Davis no Los Angeles Lakers não poderia ter sido melhor. Na temporada de 2019-20, a dupla não apenas liderou a Conferência Oeste do começo ao fim da temporada regular como conquistou o título da NBA.
Na oportunidade, o time levantou o troféu em Orlando, no complexo esportivo da Disney, por conta da pandemia de covid-19 que parou o mundo. A temporada, prevista para terminar em junho, foi concluída apenas em outubro de 2020. Dois meses depois, o time estava de volta à quadra.
E o cenário em 2021 era promissor, com o time nas primeiras posições do Oeste e LeBron James liderando a corrida para MVP até metade da temporada. Até que em 20 de março LeBron machucou o tornozelo, e os Lakers caíram da terceira para a sétima posição, tendo de passar pelo Play-in.
Derrota mudou os rumos de LeBron e Anthony Davis
A ausência de LeBron James naquele momento significava não ter nenhum dos dois principais jogadores. Havia cerca de um mês que Anthony Davis também era desfalque, e assim ele seguiu por boa parte da temporada. Ao fim dos 72 jogos daquele ano, em um calendário reduzido por conta dos problemas sofridos em 2020, LeBron havia atuado em 45 ocasiões, e Anthony Davis em 36.
Mais do que complicar a situação da equipe na tabela de classificação, as lesões fizeram com que o Lakers não contasse com suas estrelas em condições físicas ideais nos Playoffs. LeBron James teve sua pior média de pontos em uma pós-temporada e, sem conseguir atacar o aro, arremessou o maior número de 3 pontos na carreira.
Anthony Davis foi desfalque em uma partida. Mais tarde, na decisiva, tentou jogar no sacrifício, mas aguentou apenas cinco minutos em quadra. A eliminação por 4 a 2 para o Phoenix Suns poderia ter sido vista com maior naturalidade diante das circunstâncias, mas não no Los Angeles Lakers.
A base campeã apenas sete meses antes foi desfeita. Kentavious Caldwell-Pope e Kyle Kuzma (junto de Montrezl Harrell) foram trocados. Alex Caruso, agente livre, buscou a melhor opção financeira e fechou com o Chicago Bulls. Em vez de um elenco sól ido e versátil, Pelinka apostou em mais uma estrela, com a chegada de Russell Westbrook.
Lakers nunca mais voltou ao topo da NBA
A passagem de Westbrook pelo Lakers, como todos sabem, foi complicada. O encaixe do armador com a equipe não funcionou, e problemas físicos de LeBron e Davis voltaram a atrapalhar. O time não conseguiu nem uma vaga no Play-in e acabou entrando de férias em abril.
O melhor que vimos do Lakers aconteceu em 2023, quando a equipe conseguiu trocas pontuais que ajudaram James e AD chegarem até a final da Conferência Leste, perdendo para o Denver Nuggets. Desde então, a aposta da diretoria tem sido no mesmo elenco de apoio.
Nomes como Austin Reaves e Rui Hachimura seguem no quinteto inicial, e D'Angelo Russell tornou-se uma espécie de sexto homem sob o comando de JJ Redick. A temporada não é um desastre, bem longe disso, mas não passa de mediana. Na 10ª posição, o Lakers está em um bolo de equipes que brigam entre o quinto e o 10º lugar, todos separados por no máximo 2 vitórias de diferença.
Se mantiver o ritmo atual, o time de Redick deve repetir o mesmo caminho do de Ham, tendo de encarar os jogos eliminatórios antes de confirmar uma classificação para os Playoffs.
O que esperar do futuro de LeBron e Davis no Lakers
Apesar dos últimos anos não terem sido de domínio, LeBron e Davis seguem entre as principais duplas em atividades na NBA. Para competirem novamente por um título, ficou claro que o elenco precisará de mudanças, especialmente em busca de uma melhor defensiva no perímetro.
A flexibilidade financeira e os ativos à disposição não parecem suficientes para que o Lakers faça um movimento que o suba de patamar ao ponto de brigar com equipes como o Boston Celtics, é verdade. Mas a temporada ainda é longa, e reviravoltas de todos os tipos acontecem quase todos os anos.
Com LeBron James e Anthony Davis no elenco, o movimento certo pode colocar o Lakers entre uma das potências da liga. Resta saber se Rob Pelinka terá capacidade e criatividade o suficiente para conseguir adicionar uma ou duas peças que consigam tornar o time mais harmônico nos dois lados da quadra.
Ainda não é garantido, mas LeBron deve fazer sua despedida das quadras o próximo ano. Se essa for sua decisão, é difícil imaginar que os Lakers tenham melhor chance em meio à despedida do camisa 23 do que atualmente.