19 de Novembro de 2025 postado por Renato Campos
Em sua estreia na temporada, após perder 14 jogos por conta de uma ciática, LeBron James anotou apenas 11 pontos, mas distribuiu 12 assistências na vitória por 140 a 125 sobre o Utah Jazz, em uma atuação em que Luka Doncic comandou o placar com 37 pontos.
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Luka assume o comando, LeBron muda o jogo no passe
Parte da torcida chegou a cogitar que, com Doncic como opção número 1 e o time embalado, o Lakers poderia “seguir em frente” sem depender tanto de LeBron. O jogo contra o Jazz mostrou como essa leitura é rasa: mesmo pontuando pouco, ele segue sendo um dos cérebros mais influentes da liga.
O resumo da dupla contra o Jazz:
LeBron James: 11 pontos, 12 assistências, 30 minutos;
Luka Doncic: 37 pontos, 5 rebotes, 10 assistências.
Doncic esteve “on fire” do início ao fim, atacando trocas, punindo em stepbacks e encontrando companheiros em transição. Já LeBron, ainda sem a explosão de outros anos, escolheu o papel de maestro: desacelerando quando o time precisava respirar, acelerando quando via mismatchs e encontrando o homem livre nas dobras em cima de Luka.
LeBron volta após dor ciática e ainda busca ritmo
LeBron perdeu os 14 primeiros jogos da temporada por conta de um quadro de uma dor ciática, um problema nervoso na região das costas que limita mobilidade e explosão. Aos 40 anos, é natural que o corpo peça mais tempo para engrenar.
Contra o Jazz, deu para notar que faltou um pouco de força em algumas infiltrações, ele escolheu bem quando atacar o aro e quando soltar a bola rápido, compensou a falta de ritmo com leitura e controle do ataque.
Nada disso é surpresa para um jogador que, na temporada passada, terminou em 6º na votação de MVP e foi All-NBA Second Team. O que muda agora é o contexto: com Doncic e Austin Reaves carregando grande parte da pontuação, LeBron não precisa forçar nada para impactar o jogo.
Lakers Team Highlights vs Jazz | Nov 18, 2025 | LEBRON JAMES RETURNS!! pic.twitter.com/Nw10OhqjA6
— Lakers Empire (@LakersEmpire) November 19, 2025
Versão “armador cerebral” de LeBron potencializa o elenco
O grande diferencial desse novo Lakers é que LeBron pode, de fato, se adaptar ao que o time precisa em cada noite:
. se o jogo pede pontuação, ele ainda pode empilhar 25–30 pontos;
. se o jogo pede controle, ele vira o organizador primário;
. se Luka está pegando fogo, como contra o Jazz, LeBron vira o “conector”, ligando todo mundo.
Frente ao Utah, o foco foi o passe. Das 12 assistências, 6 vieram no último quarto, justamente quando o Jazz tentava encurtar a diferença. O timing dos passes — bola extra para o perímetro, corte em backdoor, achando o homem livre na zona morta — matou qualquer tentativa de reação.
Luka elogia encaixe e projeta crescimento de LeBron
Após o jogo, Luka Doncic falou sobre a volta do companheiro:
“É ótimo. Faz muito tempo que ele não jogava basquete, então acho que, para um primeiro jogo, ele pareceu incrível. Ele vai continuar pegando ritmo e vai ajudar a gente demais”, disse o esloveno.
"For a first game, he looked amazing... He's gonna help us a lot."
— ClutchPoints (@ClutchPoints) November 19, 2025
Luka Doncic on LeBron James' return to action
(via @SpectrumSN)pic.twitter.com/a7IBcmdMTC
A fala de Luka resume bem o cenário: o Lakers já era um time muito forte sem LeBron; com ele, mesmo “meia bomba” fisicamente, o ataque ganha outra camada de complexidade. E isso só tende a aumentar conforme o condicionamento do veterano melhora.
Com LeBron, o teto do Lakers segue mais alto que nunca
A vitória sobre o Jazz reforça dois pontos importantes:
. Doncic já é claramente a primeira opção ofensiva;
. LeBron, mesmo com 11 pontos, ainda muda o nível do time.
Para as defesas adversárias, o dilema é pesado: dobrar em Luka e dar espaço para LeBron jogar 4 x 3 como playmaker, ou marcar LeBron no mano a mano e viver com o esloveno atacando mismatches o jogo inteiro. No meio disso, Reaves e os chutadores se beneficiam do caos que os dois geram.
Para quem achou que dava para “seguir sem LeBron”, a estreia deixou claro: com ele saudável, mesmo mais seletivo na pontuação, o Lakers continua sendo um dos elencos com maior teto da NBA.




